Agência France-Presse
postado em 29/08/2013 20:03
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que têm direito de veto, se reuniram nesta quinta-feira (29/8) para abordar a crise provocada pelo uso de armas químicas na Síria, mas não obtiveram progressos, indicaram diplomatas.Os embaixadores dos cinco países - Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China - debateram pela segunda vez, durante 45 minutos, a iniciativa britânica que deve autorizar "todas as medidas necessárias em virtude do capítulo VII da Carta da ONU para proteger os civis das armas químicas" na Síria.
Esse capítulo estabelece medidas coercitivas que podem chegar a uma intervenção militar. Nenhum diplomata concedeu entrevistas à imprensa ao término do encontro.
"Não houve convergência de pontos de vista" entre Moscou e os três países (Estados Unidos, França e Reino Unido) que preparam uma eventual operação militar, explicou um diplomata, que pediu para não ser identificado. "Os russos expuseram seu ponto de vista, que não mudou", e não foi fixada data para uma nova reunião.
O embaixador britânico na ONU, Mark Lyall, havia anunciado anteriormente que a Rússia, principal aliado do presidente sírio, Bashar al-Assad, tinha convocado a reunião.
"Espero que isto signifique que (os russos) estão dispostos agora a apoiar o projeto de resolução", disse o diplomata à imprensa antes do encontro.
Moscou e Pequim rejeitaram vários projetos de sanções contra Damasco no passado.
O regime de Bashar al-Assad é acusado de ter usado armas químicas, em um ataque que deixou centenas civis mortos nas imediações de Damasco.