Agência France-Presse
postado em 30/08/2013 14:32
Washington - O secretário de Estado americano, John Kerry, prometeu nesta sexta-feira (30/8) que seu país não repetirá a experiência da guerra no Iraque, lançada em 2003, se decidir por uma ação militar contra a Síria, acusada de ter usado armas químicas.
"Não repetiremos aquele momento", declarou Kerry em uma coletiva de imprensa sobre o conflito no Iraque. "Nossos serviços de inteligência revisaram com cuidado as informações sobre este ataque", indicou o chefe da diplomacia americana em referência ao ataque de 21 de agosto na periferia de Damasco que causou centenas de mortes.
"Fortes certezas de que Damasco usou gás neurotóxico em ataque"
Há "fortes certezas" de que o governo sírio usou gases neurotóxicos e é "altamente improvável" que rebeldes sejam os autores do ataque de 21 de agosto que deixou 1.429 mortos no subúrbio de Damasco, entre os quais 426 crianças, informou o secretário de Estado americano, John Kerry.
Referindo-se a um relatório de inteligência americano baseado em "várias" fontes, Kerry afirmou que o governo de Bashar al-Assad usou gases neurotóxicos em um ataque cuja autoria dos rebeldes sírios é pouco provável.
Ação "seletiva" sem tropas terrestres na Síria
O secretário de Estado americano, John Kerry, declarou que seu país realizaria uma ação "seletiva" sem tropas terrestres contra a Síria, acusada por Washington de utilizar armas químicas contra rebeldes e civis. Para esta possível intervenção militar, Kerry declarou que conta com seus aliados França, Liga Árabe e Austrália.
Ausência de ação contra Síria alentará o Irã
Kerry alertou que o fracasso de um consenso internacional para lançar uma ação militar contra a Síria pelo uso de armas químicas ajudará Irã e Hezbollah. "Esta situação vai mais além das fronteiras da Síria", afirmou Kerry. "Trata-se de como Irã, que foi vítima de ataques químicos, se sentirá alentado diante da ausência de ações para obter a bomba atômica. Trata-se do Hezbollah e de qualquer grupo terrorista que contemple o uso de armas de destruição em massa", disse.