Agência France-Presse
postado em 31/08/2013 14:01
Haia - Os especialistas da ONU em armas químicas chegaram neste sábado à tarde à Holanda, onde está localizada a sede da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), segundo a OPAQ. "O avião pousou no aeroporto de Roterdã às 17h00 (13h00 de Brasília)", indicou à AFP Michael Luhan, porta-voz da OPAQ. "Um veículo deve levar as amostras que foram coletadas para o laboratório, enquanto outros veículos (devem transportar) os investigadores para os edifícios da OPAQ" em Haia, acrescentou.[SAIBAMAIS]A equipe de investigação havia deixado o Líbano esta manhã e embarcado em um avião fretado pelo governo alemão. O avião deixou Beirute "no início da tarde", indicou à AFP um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores alemão.
A equipe de especialistas, liderada pelo sueco Aake Sellstr;m, chegou em 18 de agosto à Síria para investigar vários locais onde o regime e os rebeldes foram acusados de utilizar armas químicas, mas desde segunda-feira vinha concentrando seu trabalho no local de um suposto ataque em massa ocorrido no dia 21 de agosto, perto de Damasco.
De acordo com Washington, 1.429 pessoas, incluindo 426 crianças, morreram no ataque. A oposição síria e alguns países ocidentais atribuem a responsabilidade pelo ataque ao regime sírio, que nega.
"As amostras devem ser enviadas para uma meia dúzia de laboratórios ao redor do mundo, para países que não estão politicamente envolvidos" no conflito, explicou Luhan.
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"Cada amostra, seja de solo, água ou sangue, será dividida em duas partes e cada uma será enviada para um laboratório diferente para obtermos resultados laboratoriais confiáveis ", acrescentou, assegurando que o processo levará "pelo menos duas semanas".
Um porta-voz da ONU afirmou na sexta-feira que os especialistas da organização haviam concluído o seu trabalho na Síria e que preparariam um relatório sobre o possível uso de armas químicas no conflito sírio.
A OPAQ, órgão executivo da Convenção sobre Armas Químicas sob os auspícios das Nações Unidas, é responsável por garantir o cumprimento da Convenção, que prevê a destruição desse tipo de armas.