Agência France-Presse
postado em 01/09/2013 20:47
Havana - Cuba condenou neste domingo, por meio de uma declaração de sua chancelaria, a decisão do presidente americano, Barack Obama, de atacar a Síria e pediu ao Congresso dos Estados Unidos que repudie estas "tentativas de agressão", assim como fez o Parlamento britânico.Cuba "tomou conhecimento com profunda preocupação" da decisão de Obama "de lançar ações militares contra a Síria", violando o "Direito Internacional e a Carta das Nações Unidas", destacou o Ministério de Relações Exteriores de Havana em sua declaração.
[SAIBAMAIS]A chancelaria cubana destacou que estas ações "provocarão mais morte e destruição e levarão, inevitavelmente, à intensificação do conflito que esta nação árabe atravessa".
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O presidente americano anunciou no sábado a decisão de pedir o aval do Congresso, em recesso até 9 de setembro, antes de lançar um eventual ataque contra a Síria, país ao qual acusa de ter recorrido a armas químicas.
"Surge a pergunta de o que o Congresso dos Estados Unidos fará quando retomar suas sessões, no próximo 9 de setembro, e tenha que decidir entre o início de uma nova guerra e a preservação da paz mundial, entre a vida e a morte", acrescentou a chancelaria cubana.
"Sim, assim como o Parlamento britânico, rejeitasse as tentativas de agressão anunciadas pelo presidente, terá feito uma contribuição valiosa e surpreendente para a paz mundial" mas, destacou, "se o aprovar, terá que assumir as consequências diante dos implacáveis registros da História".
Na quinta-feira, o Parlamento britânico rejeitou esta quinta-feira uma proposta do governo de David Cameron que abria as portas a uma resposta militar contra o regime sírio.
A chancelaria cubana pediu aos membros do Conselho de Segurança da ONU e sua Assembleia-geral para deter "uma intervenção militar que ameaça a segurança internacional" e ao seu secretário-geral, Ban Ki-moon, a "se envolver diretamente em impedir os atos que o presidente dos Estados Unidos deu como fatos quase inevitáveis".
Cuba fez um apelo similar aos membros do G20, que se reunirão nas próximas quinta e sexta-feira em São Petersburgo, na Rússia, aos "formadores de opinião dos Estados Unidos" e "a todos aqueles que rejeitam a guerra".