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Em carta, Maduro pede a Obama que reveja decisão de atacar a Síria

O presidente venezuelano pediu ao colega americano que "acima das diferenças" entre as duas nações pudessem "unir esforços em defesa da causa da paz"

Agência France-Presse
postado em 01/09/2013 21:48
Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou neste domingo uma carta ao colega americano, Barack Obama, pedindo que detenha a eventual intervenção militar na Síria e unam esforços, "acima das diferenças", para evitar uma guerra.

"Aspiro e espero que você retifique e proceda a deter a máquina bélica que já pôs em andamento. Aspiro e espero que o senhor faça cessar o soar fúnebre dos tambores de guerra sobre a Síria", escreveu Maduro na missiva, enviada este domingo a Obama e divulgada pelo canal estatal VTV.

O presidente venezuelano pediu ao colega americano que "acima das diferenças" entre as duas nações pudessem "unir esforços (...) em defesa da causa da paz" e para evitar que se repitam "expedientes" como os de Iraque, Afeganistão ou Líbia.

[SAIBAMAIS]Nos atos oficiais dos últimos dias, na Venezuela e no exterior, o presidente venezuelano solicitou reiteradamente a Obama que cesse suas pretensões de intervir militarmente em Damasco e prometeu na quinta-feira passada o rápido envio da nota que divulgou este domingo.

Maduro também lembrou a Obama a declaração assinada pelos líderes dos 12 países-membros da União de Nações Sul-americanas (Unasul), em Paramaribo, Suriname, onde expressaram sua "extrema" preocupação com a situação na Síria e condenaram "as intervenções externas que sejam incompatíveis com a Carta das Nações Unidas".

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No sábado, Obama anunciou na Casa Branca a decisão de pedir autorização ao Congresso do seu país para atacar a Síria, apesar de a ONU ter pedido um prazo para apresentar um relatório "imparcial" e "confiável" sobre o uso das armas químicas.

"Presidente Obama, o senhor vai declarar e desencadear uma guerra para favorecer a chegada ao poder da Al-Qaeda na República Árabe Síria?", questionou Maduro na carta. "Que o povo sírio dirima por si próprio seus conflitos, sob o sagrado direito à livre determinação que investe todas as nações", prosseguiu.

"Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus", acrescentou a missiva.

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