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Extremistas tentam se infiltrar em agências de inteligência dos EUA

A CIA revelou que um quinto dos candidatos a um emprego apresentou um perfil suspeito de ter "laços significativos com terroristas e/ou serviços de informação hostis"

Agência France-Presse
postado em 02/09/2013 10:16
Washington - A rede Al-Qaeda e outros grupos considerados inimigos pelos Estados Unidos tentaram se infiltrar nas agências de inteligência americanas, que iniciaram amplas investigações sobre os empregados, informou nesta segunda-feira (2/9) o jornal The Washington Post. A CIA revelou que um quinto dos candidatos a um emprego apresentou um perfil suspeito de ter "laços significativos com terroristas e/ou serviços de informação hostis", publica o jornal ao citar um documento confidencial.

O documento foi entregue por Edward Snowden, ex-técnico de inteligência americano atualmente asilado na Rússia. Apesar de o documento não dar detalhes sobre a natureza dos vínculos terroristas ou hostis dos candidatos, cita em várias oportunidades o Hamas, o Hezbollah e a Al-Qaeda.

[SAIBAMAIS]Os temores de uma infiltração levaram a Agência Nacional de Segurança (NSA) a prever no ano passado a investigação de ao menos 4 mil empregados que obtiveram uma habilitação de segurança. Os principais comportamentos suspeitos incluem a consulta de bases de dados confidenciais por pessoas que habitualmente não têm acesso a elas, ou o download de alguns documentos, explicaram o Post duas pessoas familiarizadas com o programa usado para supervisionaro pessoal.



Mas o programa que custou milhões de dólares não conseguiu detectar quando Snowden baixava uma grande quantidade de documentos confidenciais da NSA. "Nos últimos aanos, um pequeno número de candidatos à CIA foram assinalados por diversos problemas", declarou uma fonte.

As autoridades americanas intensificaram as análises sobre possíveis ameaças internas depois da divulgação de milhares de documentos confidenciais pelo site WikiLeaks em 2010. O responsável pelo maior vazamento de informação da história americana foi o soldado Bradley Manning, condenado a 35 anos de prisão.

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