Agência France-Presse
postado em 02/09/2013 11:15
Bruxelas - O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, declarou nesta segunda-feira (2/9) que está pessoalmente convencido de que o regime sírio foi o responsável pelo ataque químico que matou centenas de pessoas no dia 21 de agosto. "Pessoalmente, estou convencido de que não só o ataque químico aconteceu, mas também que o regime sírio é o responsável", disse Rasmussen a jornalistas, indicando ter tido acesso a informações concretas fornecidas por países membros da Otan.Durante uma coletiva de imprensa, ele reiterou que não comentará publicamente informações fornecidas à Otan pelos serviços de inteligência dos 28 países-membros, em primeiro lugar os Estados Unidos. "Não há dúvida de que a comunidade internacional deve responder com força para impedir novos ataques químicos no futuro", disse Rasmussen. "Se não respondermos, seria como enviar uma mensagem muito perigosa para todos os ditadores do mundo".
[SAIBAMAIS]Mas, acrescentou, "não acredito que a Otan possa desempenhar um papel na crise. Neste ponto, os aliados realizam consultas e cabe a cada Estado decidir como responder" ao ataque. Além disso, se a intervenção armada for, como tem sido planejada, "breve, com alvos específicos", "não seria necessário" recorrer a estruturas militares da Otan, que devem ser utilizadas para supervisionar operações complexas de longo prazo.
Segundo ele, a Otan "já está cumprindo seu papel", servindo como "fórum de consulta entre os Aliados" e decidindo instalar mísseis Patriot no sul da Turquia para proteger este país, um dos membros, de um possível ataque da Síria. "Eu posso garantir que temos todos os planos em vigor para garantir a defesa e a proteção da Turquia. Neste ponto, não vejo a necessidade de novas medidas", indicou Rasmussen.
"Um ataque contra um aliado é um ataque contra todos", alertou , referindo-se ao princípio fundamental da Aliança Atlântica, criada em 1949. O chefe da Otan também reiterou que apenas um "processo político" permitirá resolver a crise na Síria.