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EUA aumentam a vigilância no Paquistão, segundo documentos de Snowden

Os Estados Unidos entregaram cerca de 26 bilhões de dólares em ajuda ao Paquistão nos últimos 12 anos, com o objetivo de estabilizar o país e assegurar-se da cooperação em seus esforços antiterroristas

Agência France-Presse
postado em 03/09/2013 10:29
Washington - Os Estados Unidos intensificaram a vigilância sobre o armamento nuclear de seu aliado Paquistão, informou o jornal The Washington Post nesta terça-feira (3/9), citando um relatório do ex-técnico da inteligência Edward Snowden. O Washington Post publicou que os esforços dos Estados Unidos para recolher informação da inteligência são maiores do que os admitidos anteriormente por funcionários americanos.

[SAIBAMAIS]Os Estados Unidos entregaram cerca de 26 bilhões de dólares em ajuda ao Paquistão nos últimos 12 anos, com o objetivo de estabilizar o país e assegurar-se da cooperação em seus esforços antiterroristas, segundo o jornal. Mas com a morte de Osama bin Laden e uma maior fragilidade da Al-Qaeda, as agências de inteligências parecem ter mudado seu foco para regiões fora das regiões patrulhadas pelos dronos da CIA, publica o Post. "Se os americanos estão expandindo suas capacidades de vigilância, só pode querer dizer uma coisa. A desconfiança excede a confiança", assinalou Hussain Haqani, ex-embaixador paquistanês nos Estados Unidos entre 2008-2011.



O ministério das Relações Exteriores do Paquistão respondeu, por sua parte, que está comprometido com os objetivos de desarmamento e não-proliferação segundo as normas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). "Como país com armas nucleares, a política do Paquistão é de controle e responsabilidade", assinalou em um comunicado. Outros documentos sigilosos revelados por Snowden revelariam novas acusações aos de violações aos direitos humanos no Paquistão, segundo o jornal.

Espiões americanos informaram que oficiais militares e da inteligência paquistanesas saibam e provavelmente ordenaram uma ampla campanha de matança extrajudiciais de opositores, afirmou o Post. Estes relatórios se baseiam em comunicações interceptadas entre 2010 e 2012.

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