postado em 04/09/2013 06:00
Depois de intensificar a campanha pelo aval do Congresso à resposta militar ao uso de armas químicas na Síria, o presidente Barack Obama conseguiu o apoio dos líderes dos partidos Democrata (governista) e Republicano (oposição) na Câmara dos Deputados. Após uma reunião entre o chefe de Estado e membros do Legislativo, o porta-voz da maioria republicana na Câmara e presidente da Casa, John Boehner, declarou apoio à ação e pediu que os colegas de partido façam o mesmo. ;Isso é algo que os Estados Unidos, como um país, precisam fazer. Temos inimigos ao redor do mundo que precisam entender que nós não vamos tolerar esse tipo de comportamento;, declarou. A deputada Nancy Pelosi, líder dos democratas na Câmara, afirmou que ;é preciso responder; às ações atribuídas ao ditador Bashar Al-Assad.
Obama, que decidiu aguardar o apoio do Congresso antes de seguir com qualquer ação bélica, deixou a reunião confiando em uma vitória. Durante o encontro, ele reiterou que a questão ;representa um sério risco para a segurança nacional dos EUA e para os outros países da região;. Obama insistiu que Al-Assad deve ;prestar contas; pelo uso de armas químicas e enfatizou que a operação norte-americana seria ;limitada; e ;proporcional;, sem o envolvimento de tropas em solo. ;Não é Iraque, não é o Afeganistão;, observou. Ontem, o secretário de Estado, John Kerry, e o secretário da Defesa, Chuck Hagel, apresentaram seus argumentos ao Senado, onde os governistas são maioria.
Kerry ressaltou que evidências coletadas pela inteligência americana comprovam o envolvimento de tropas leais a Al-Assad no ataque que deixou mais de 1,4 mil mortos no subúrbio de Damasco, em 21 de agosto. O chefe da diplomacia dos EUA ressaltou que a inércia em relação à Síria pode enviar uma mensagem perigosa ao Irã, à milícia xiita libanesa Hezbollah e a outros inimigos dos EUA. ;Nossa falta de ação certamente daria a eles a permissão para, no mínimo, interpretarem de maneira errada nossas intenções e até colocá-las a prova;, disse Kerry. ;Este não é momento para o isolacionismo. Este não é momento para sermos espectadores de um massacre;, completou. Questionado sobre a possibilidade de enviar soldados ao país, o secretário disse que ;não haverá tropas em solo relacionadas à guerra civil;. No entanto, afirmou que não pretende ;tirar da mesa uma opção que pode ou não estar à mesa;.
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