Santiago - Os estudantes chilenos voltaram a protestar nesta quinta-feira (5/9) em Santiago para exigir uma profunda reforma educacional e para acabar com outros legados da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), comprovou a AFP.
A manifestação, a menos de uma semana da celebração dos 40 anos do golpe de Estado que instaurou a ditadura de Pinochet, começou na Plaza Italia, no centro da cidade, onde uma multidão iniciou uma passeata em direção à Estação Mapocho, em meio a fortes medidas policiais.
Cartazes com frases como "a 40 anos do golpe, o golpe é dado por nós" ou "fim à educação do tirano" eram exibidos pelos manifestantes. O protesto reuniu, segundo a Confederação de Estudantes do Chile (Confech), 80.000 pessoas, enquanto a Polícia contabilizou a mobilização em 25.000 manifestantes.
Antes do fim do protesto, ocorreram confrontos entre manifestantes e agentes das forças especiais da Polícia, que tentou dispersar as pessoas com canhões d;água e bombas de gás lacrimogêneo.
Manifestantes encapuzados jogaram pedras e paus nos agentes policiais, montaram barricadas e destruíram o mobiliário público.
Os estudantes chilenos protestam por educação gratuita e de qualidade desde 2011. Algumas das manifestações chegaram a reunir mais de 100.000 pessoas, as maiores em 20 anos desde que a democracia retornou ao Chile, em 1990.