O gigantesco incêndio que devasta há quase três semanas o Parque Nacional Yosemite, um dos mais famosos dos Estados Unidos e importante atração turística no centro da Califórnia (oeste), foi provocado por um caçador, informaram fontes oficiais esta quinta-feira.
Especialistas descartaram a primeira versão da causa do fogo, controlado em 80%, segundo a qual as chamas começaram em uma plantação ilegal de maconha, próxima ao parque natural.
"Os investigadores do Departamento Florestal e do gabinete do promotor distrital do condado de Tuolumne determinaram que o ;Rim Fire; - como o incêndio maciço é conhecido - começou quando um caçador permitiu que um fogo ilegal se propagasse", segundo comunicado da entidade florestal.
"Não há indícios de que o caçador esteja envolvido no cultivo ilegal de maconha em terrenos públicos e não foram encontradas plantações de maconha perto de onde o fogo se originou", detalhou a nota.
Até agora nenhum suspeito foi detido, informaram as fontes.
As autoridades não divulgaram o nome do caçador porque a investigação ainda está em andamento, destacou o comunicado.
O incêndio começou na tarde de sábado, 17 de agosto, no Parque Nacional Stanislaus, a oeste de Yosemite, e devastou 95.442 hectares, segundo o mais recente balanço do site oficial de informações sobre incidentes InciWeb.
Mais de 4.300 bombeiros continuam trabalhando para apagar as chamas, com a ajuda de helicópteros, e lançaram até agora mais de 15 milhões de litros d;água.
O incêndio é o quarto maior da história da Califórnia desde que começaram os registros, em 1932, e tem uma área cinco vezes maior do que a da capital americana, Washington.
As chamas obrigaram o fechamento de várias estradas para o vale Yosemite e ameaçavam contaminar a reserva de água Hetch Hetchy, que abastece os 2,6 milhões de habitantes da baía de San Francisco.