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EUA pedem ao Irã compromisso real em negociações nucleares

Agência France-Presse
postado em 05/09/2013 21:18
Washington - Os Estados Unidos pediram nesta quinta-feira ao Irã que mantenha um diálogo substantivo sobre seu programa nuclear, no mesmo dia em que Teerã anunciou que seu ministro das Relações Exteriores vai liderar essas negociações.

"Reiteramos nossa esperança de que o governo iraniano se comprometa realmente com a comunidade internacional para alcançar uma solução diplomática para o programa nuclear do Irã e cooperar totalmente com a investigação da OIEA (Organização Internacional de Energia Atômica)", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, em um comunicado.

Nesta quinta, o presidente iraniano, Hassan Rohani, encarregou Mohamad Javad Zarif de representar o país nas negociações nucleares, que até agora eram lideradas pelo secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional, Said Jalili.

Os países ocidentais e Israel suspeitam que o Irã queira desenvolver a bomba atômica sob seu programa nuclear, o que Teerã nega categoricamente.

"O início do mandato de Rohani representa, para o Irã, uma oportunidade para atuar rapidamente para resolver as profundas preocupações da comunidade internacional sobre o programa nuclear do Irã", manifestou Psaki.

"Se esse novo governo escolher se comprometer real e seriamente com cumprir as normas internacionais e encontrar uma solução pacífica a esse assunto, terá nos Estados Unidos um sócio disponível", garantiu a porta-voz da diplomacia americana.

O Irã voltará a se reunir com a OIEA no dia 27 de setembro, em Viena, sede do organismo. O último encontro aconteceu em meados de maio, antes da chegada de Rohani, e terminou sem avanços.

Em relatório de 28 de agosto, a OIEA garantiu que o governo iraniano continuou instalando centrífugas mais modernas na unidade de Natanz, até alcançar as 1.008 de tipo IR-2m, o que aumenta sua capacidade de enriquecer urânio. Há três meses, tinha quase 700.

O organismo internacional exige que Teerã permita a visita à unidade militar de Parchin, perto da capital, onde suspeita-se que o governo tenha feito testes de explosão convencionais, aplicáveis ao setor nuclear.

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