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Milhares de manifestantes partidários de Morsy se reúnem no Egito

Desde 14 de agosto, o exército e a polícia, que foram autorizados a atirar em qualquer manifestante considerado hostil, dispersam violentamente todos as manifestações pró-Morsy

Agência France-Presse
postado em 06/09/2013 11:34
Cairo - Milhares de manifestantes saíram às ruas no Egito para exigir o retorno de Mohamed Morsy, presidente islâmico deposto pelo exército, como a cada sexta-feira (6/9) em três semanas de repressão sangrenta, observaram jornalistas da AFP. Desde 14 de agosto, o exército e a polícia, que foram autorizados a atirar em qualquer manifestante considerado hostil, dispersam violentamente todos as manifestações pró-Morsy, em sua maioria organizadas pela Irmandade Muçulmana.

Protesto deixam vidro de sede da Irmandade Muçulmana quebrado no Cairo
Mil pessoas foram mortas desde o golpe militar, em sua grande maioria manifestantes pró-Morsy. E mais de dois mil membros da Irmandade Muçulmana foram presos, incluindo os principais líderes da influente confraria a qual pertence o presidente deposto. Várias marchas se formaram no Cairo em frente as mesquitas após a oração semanal, reunindo alguns milhares de pessoas, de acordo com jornalistas da AFP.

Vários outros protestos menores foram registrados no início desta tarde em diferentes províncias do país, segundo a imprensa egípcia. A Irmandade Muçulmana tem encontrado dificuldades para mobilizar seus partidários. Ainda sim, tem convocado a cada sexta-feira (6) os apoiantes de Morsy a manifestar "pacificamente".



O governo interino, nomeado pelo exército após a destituição e prisão do primeiro chefe de Estado egípcio democraticamente eleito, acusa a Irmandade Muçulmana de atividades "terroristas". Na quinta-feira (5/9), o ministro do Interior, Mohammed Ibrahim, considerado um dos principais "falcões" do governo em sua "luta contra o terrorismo" da Irmandade Muçulmana, escapou ileso de um atentado com carro-bomba.

Ibrahim prometeu punir com "mãos de ferro" qualquer ameaça à "segurança nacional". Ele também advertiu para o risco de uma "onda de terror" , mas prometeu que as autoridades não permitirão o retorno dos "terrorismo dos anos 1980 e 1990".

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