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França esperará relatório da ONU antes de qualquer ação militar na Síria

O chanceler francês, Laurent Fabius, em Vilna, capital da Lituânia, disse que há um risco de o relatório dos inspetores da ONU sobre a Síria "ser decepcionante"

Agência France-Presse
postado em 06/09/2013 13:30
São Petersburgo - O presidente francês François Hollande anunciou nesta sexta-feira (6/9) que a França irá esperar o relatório dos inspetores da ONU sobre o ataque químico de 21 de agosto na Síria antes de lançar qualquer ação militar contra o regime de Damasco.

O presidente francês, François Hollande fala à imprensa durante entrevista coletiva na cúpula do G20 em São Petersburgo
"Se vamos esperar o relatório dos inspetores? Sim, nós iremos esperar o relatório dos inspetores como vamos esperar o voto do Congresso" americano, que deve discutir a questão a partir de 9 de setembro, declarou durante uma coletiva de imprensa após a cúpula do G20 em São Petersburgo.

[SAIBAMAIS]Mais cedo, no entanto, o chanceler francês, Laurent Fabius, em Vilna, capital da Lituânia, disse que há um risco de o relatório dos inspetores da ONU sobre a Síria "ser decepcionante", já que ele não vai se referir à autoria do eventual ataque com de armas químicas no país.



"O problema do relatório é que ele pretende saber se houve ou não um ataque químico. Mas agora todo mundo já reconhece isso, mesmo aqueles que, a princípio, o negaram", disse Fabius, citando os russos, os iranianos e "até os sírios, que agora reconhecem que houve um massacre químico".

"Os inspetores irão responder a uma pergunta cuja resposta todos nós já sabemos", afirmou Fabius a repórteres. Mas "eles não foram encarregados de investigar a autoria do ataque", argumentou, afirmando ter "evidências" sobre o caso.

"Muitas pessoas dizem que é preciso esperar o relatório dos inspetores", mas é possível que este documento seja decepcionante ", concluiu o ministro das Relações Exteriores francês, tentando convencer seus colegas reunidos em Vilnius, após a cúpula do G20 na Rússia, que o responsável por estes ataques é o regime sírio de Bashar al-Assad.

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