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Jornalistas venezuelanos denunciam políticas do governo para silenciá-los

Desde a semana passada oito jornais venezuelanos fecharam porque estão sem papel

Agência France-Presse
postado em 06/09/2013 15:52
MIAMI - Um grupo de jornalistas venezuelanos denunciou nesta sexta-feira em um fórum em Miami as políticas do governo chavista de Nicolás Maduro para silenciar a imprensa opositora, entre elas a criação de um bloqueio econômico que deixou os jornais provinciais sem papel.

Desde a semana passada oito jornais venezuelanos fecharam porque estão sem papel. "Esta forma de cerco econômico é apenas mais uma arma para destruir as janelas da informação", denunciou o jornalista e professor da Universidade Central da Venezuela Eduardo Orozco, presidente do Colégio Nacional de Jornalismo em Caracas.

Orozco, junto a colegas da agremiação, viajou a Miami para participar do fórum "O socialismo do século XXI e seu impacto sobre a liberdade de imprensa", organizado pela Associação de Jornalistas venezuelanos no Exterior (APEVEX) e o Instituto Miami Dade College.



Os jornalistas venezuelanos acusam o governo da Venezuela de ser o que foi mais longe em sua busca para controlar a imprensa e concentrar a mídia nas mãos do Estado. "Os três pontos-chave da situação enfrentada por muitos países da região: em primeiro as restrições à liberdade de imprensa, em segundo os ataques contra a imprensa, e algo que é novo e típico desses governos, a concentração dos meios de comunicação em suas mãos", disse Guillermo Lousteau.

A queixa dos venezuelanos coincidiu com uma reivindicação da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) ao governo da Venezuela pela supressão dos requisitos de entrega de divisas para a importação de papel jornal e outros materiais para a produção, para que possam retomar suas atividades paralisadas por falta de insumos.

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