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EUA não se comprometem a aguardar relatório da ONU para atuar na Síria

John Kerry alertou a seus colegas europeus que os Estados Unidos não se comprometeram a aguardar o relatório da ONU sobre armas químicas na Síria

Agência France-Presse
postado em 07/09/2013 11:03
John Kerry, alertou durante uma reunião com os 28 ministros das Relações Exteriores dos países da União Europeia (UE)
Vilnius - O secretário de Estado americano, John Kerry, alertou neste sábado (07/09) em Vilna a seus colegas europeus que os Estados Unidos não se comprometeram a aguardar o relatório da ONU sobre armas químicas na Síria para uma possível intervenção militar contra Damasco, informou uma fonte americana.

[SAIBAMAIS]

Durante uma reunião com os 28 ministros das Relações Exteriores dos países da União Europeia (UE), Kerry "afirmou que informaria à equipe de segurança nacional sobre as recomendações de alguns membros da UE de esperar os resultados da inspeção da ONU", explicou à AFP a fonte do Departamento de Estado.

Mas o chefe da diplomacia americana "também disse claramente que os Estados Unidos não decidiram esperar" este relatório antes de uma possível ação, afirmou a fonte diplomática, que estava presente na sala de negociações da capital da Lituânia, país que preside atualmente a UE.

Kerry tentou neste sábado convencer a UE a apoiar a ideia de uma intervenção militar na Síria, um dia depois da reunião do G20 na qual o presidente americano, Barack Obama, não conquistou um grande respaldo ao projeto. A maioria dos 28 países da UE, com exceção da França e Dinamarca, se mostram reticentes ou contrários a uma ação militar.

A comunidade internacional espera a divulgação do relatório dos especialistas da ONU, que visitaram a região de Damasco onde aconteceram os ataques químicos de 21 de agosto. Apesar do apoio do governo do presidente francês, François Hollande, a uma intervenção, uma pesquisa mostra que 68% dos franceses são contrários a uma participação do país em um eventual operação militar internacional na Síria.

A pesquisa do instituto Ifop foi publicada neste sábado pelo jornal Le Figaro. A sondagem mostra que 36% dos franceses são favoráveis a uma intervenção 55% contrários. Questionados em seguida sobre a participação militar do país em um eventual intervenção, 68% dos entrevistados responderam de maneira negativa.

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