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Papa Francisco faz uma jornada mundial de jejum e oração pela Síria

"A paz é um bem que supera qualquer barreira porque é um bem de toda a humanidade", tuitou o Papa na sexta-feira

Agência France-Presse
postado em 07/09/2013 15:15
Cidade do Vaticano - Por iniciativa da Igreja católica, cristãos, muçulmanos, budistas, ateus e pessoas não-religiosas foram convocados neste sábado para uma jornada mundial de jejum e oração contra uma intervenção armada na Síria, que incluirá uma vigília no Vaticano com a presença do papa Francisco. "A paz é um bem que supera qualquer barreira porque é um bem de toda a humanidade", tuitou o Papa na sexta-feira.

Às 14h de Brasília, terá início a vigília na Praça de São Pedro, que durará até as 18h00, alternando momentos de oração e de silêncio. O Papa, que estará presente durante as quatro horas, fará uma breve intervenção.

[SAIBAMAIS]"Que se eleve forte em toda a Terra o grito da paz", exclamou na quarta-feira o Papa, para convocar 1,2 bilhão de cristãos, fieis de outras religiões e ateus e pessoas não-religiosas para refletir sobre a paz na Síria.

Francisco, que enviou uma carta à cúpula do G20 em São Petersburgo, se opõe à intervenção militar na Síria prevista pelos Estados Unidos e França, já que considera que isso vai piorar o massacre, aumentar o ódio e não poderá ser uma ação limitada.

"Escutamos esta voz procedente do mundo inteiro e nos emocionamos por esta corrente de solidariedade iniciada pelo Papa", comentou, por telefone, falando à televisão Sky TG24, o núncio apostólico em Damasco, monsenhor Mario Zenari. Zenari comparecerá à catedral melquita para um vigília de oração ecumênica que reunirá também ortodoxos e muçulmanos.

A convocação papal teve especial repercussão no Oriente Médio, onde os patriarcas, geralmente rivais entre si, se uniram na preocupação pelas consequências de uma propagação da guerra e ascensão islamita.

O patriarca de Constantinopla, Bartolomeu, apoiou a iniciativa do papa, asim como o grande mufti Ahmad Badredin Hassun, líder do Islã sunita na Síria, que pediu aos fieis que se unam à oração do Papa.

O patriarca maronita, Beshara Butros Rai, conduzirá uma oração na Basílica de Nossa Senhora do Líbano, em Harissa, norte de Beirute. O vice-presidente do Alto Conselho xiita do Líbano, xeque Abdel Amir Qabalan, respondeu favoravelmente ao apelo de Francisco.

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O patriarca de Antioquia e do Oriente para os greco-católicos, Gregório Laham, convocou todos os fieis ao jejum e pediu que os religiosos abram as igrejas para as orações.

O cardeal brasileiro Dom João Braz de Aviz, presidente do Conselho Pontifício para s Ordens Religiosas masculinas e femininas nos cinco continentes, também pediu para que os fieis respondam maciçamente à convocação.

Muitos grupos de não-religiosos, como o Partido Radical Italiano, anticlerical, e o pequeno partido de extrema-esquerda SEL, apoiaram a iniciativa de Francisco e o prefeito de esquerda de Roma, Ignazio Marino, comparecerá à Praça de São Pedro.

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