postado em 08/09/2013 08:00
Um Chile cheio de questionamentos sobre o passado e ávido por mudanças marca o 40; aniversário do golpe militar que depôs o presidente socialista Salvador Allende e mergulhou o país andino em uma ditadura que durou 17 anos e matou mais de 3,2 mil pessoas. Manifestações espalharam-se pelas ruas do país na última semana e devem aumentar na próxima quarta-feira, data da tomada de poder liderado por Augusto Pinochet. Segundo especialistas, cresce o clamor dos chilenos para conhecer toda a verdade sobre o regime opressor e poder, enfim, cicatrizar as feridas.
Em 11 de setembro de 1973, o general orquestrou o bombardeio por terra e ar ao Palácio Presidencial de La Moneda. Assumiu o governo com mão pesada para os opositores, provocou avanços econômicos, mas trouxe uma evolução altamente desigual e um sistema político pouco representativo. Pinochet conseguiu fazer a economia decolar após privatização da saúde, da educação, do sistema previdenciário e de uma abertura quase total da economia para o exterior. O Chile está prestes a bater uma renda per capita de US$ 20 mil anuais, a mais alta da região, mas as disparidades sociais ainda persistem.
;Hoje, nós vemos outro país. Um país que resolveu sair para protestar por diferentes demandas (...), com um maior grau de consciência e uma definição clara de que se tem de mudar tudo o que foi herdado da ditadura. Isso nos faz enfrentar os 40 anos de uma maneira completamente diferente;, avalia a presidente do Grupo de Familiares de Detidos-Desaparecidos, Lorena Pizarro.
A matéria completa está disponível para assinantes. Para assinar, clique