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Assad não aprovou pessoalmente o ataque químico, diz imprensa alemã

"Oficiais militares pedem regularmente há cerca de quatro meses por ataques químicos ao palácio presidencial em Damasco", afirmou um jornal

Agência France-Presse
postado em 08/09/2013 14:14
Berlim - Um ataque químico aconteceu no dia 21 de agosto na Síria, mas o presidente Bashar al Assad não parece ter aprovado isso pessoalmente, indicou neste domingo o jornal alemão Bild, baseando-se em uma espionagem das telecomunicações do exército alemão.

[SAIBAMAIS]"Oficiais militares pedem regularmente há cerca de quatro meses por ataques químicos ao palácio presidencial em Damasco", afirmou o Bild. "Estes pedidos sempre foram negados e aparentemente Assad não aprovou pessoalmente o ataque de 21 de agosto", acrescenta o texto. O jornal se baseia em dados de espionagem das telecomunicações realizado por um barco militar espião da Alemanha em Oker, perto do litoral sírio.

O jornal Der Spiegel havia indicado esta semana que os serviços secretos alemães consideravam que o regime sírio era responsável pelo ataque com armas químicas em 21 de agosto, mas que seu alto número de mortos poderia ser o resultado de um "erro de dosagem".

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A publicação alemã mencionou uma apresentação realizada pelo chefe do BND, os serviços de espionagem alemães, Gerhard Schindler, a parlamentares. Para o BND, apenas os especialistas do regime de Assad dispõe de substâncias como o gás sarin, são capazes de misturá-las e utilizá-las graças a pequenos mísseis de calibre 107 mm.

Os rebeldes, por sua parte, não poderiam realizar tais ataques, assegurou Schindler aos parlamentares, segundo Der Spiegel.

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