Agência France-Presse
postado em 08/09/2013 19:05
Uma pesquisa de boca de urna da Fundação de Opinião Pública deu a Sobianin 52,5% dos votos e 29,1% para Navalny. Uma outra pesquisa, do Instituto Vtsiom, apontou 53% e 32%, respectivamente. O candidato comunista Ivan Melnikov ficaria em terceiro lugar. No entanto, a equipe de campanha de Navalny afirmou que dispõe de outras pesquisas que indicam que haverá um segundo turno. "Agora mesmo, Sobianin e seu principal partidário Vladimir Putin estão decidindo se haverá uma eleição relativamente limpa e um segundo turno ou não", afirmou Navalny a seus simpatizantes.
Esta eleição era considerada um termomêtro para medir o descontentamento dos habitantes de Moscou, em uma cidade que foi cenário de manifestações em massa contra Putin no inverno europeu de 2011-2012. A participação nas municipais de Navalny, 37 anos e blogueiro anticorrupção que liderou os protestos contra o regime russo, muda o panorama em um país onde a oposição está marginalizada há dez anos.
Condenado em julho passado a cinco anos de prisão sob a acusação de peculato, Alexei Navalny foi preso e libertado contra todas as probabilidades de apelação pelo tribunal, o que lhe permitiu se candidatar à prefeitura de Moscou. O opositor, que liderou uma campanha muito ativa nas ruas e na internet, subiu significativamente nas pesquisas de opinião com 18% das intenções de voto, mas permanecia muito atrás do atual prefeito, creditado com 58% das intenções de voto, de acordo com a última pesquisa Centro Levada.
O opositor mobilizou milhares de voluntários e mais de 100 milhões de rublos (3 milhões de dólares) em doações, pois vários chefes de pequenas em presas manifestaram publicamente seu apoio a ele. O famoso economista Serguei Guriev, recentemente refugiado na França, é o autor de seu programa econômico. Navalni, que tem como lema "não roubar, não mentir", prometeu no passado prender Putin e seus assessores, que foram alvo de várias de suas investigações anticorrupção.
Sobyanin, por sua vez, um gestor eficaz, mas sem carisma, fez campanha em um estilo diferente, recusando-se a participar de debates. Ele intensificou seus esforços para atrair os eleitores, criando um sistema de serviço de bicicletas e grandes projetos de renovação no centro histórico. Nomeado pelo Kremlin em 2010 por decreto após o afastamento de seu antecessor, Yuri Luzhkov, ele convocou uma eleição antecipada.