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Síria está aberta a negociação e faz alerta contra ataque, diz Rússia

Segundo o chanceler russo, "a possibilidade de uma solução política segue de pé"

Agência France-Presse
postado em 09/09/2013 07:49
Sergei Lavrov participa de uma conferência de imprensa após um encontro com o seu homólogo sírio Walid al-Moualem em Moscou

Moscou -
A Síria está aberta a negociações de paz e um eventual ataque ocidental contra Damasco desencadearia uma "explosão do terrorismo" na região, além de uma nova onda de refugiados, afirmou o chanceler russo Serguei Lavrov após uma reunião com o colega sírio Walid al-Mualem. "A possibilidade de uma solução política segue de pé", disse Lavrov após o encontro em Moscou.

Ele disse que, segundo o chanceler sírio, o regime de Damasco continua "aberto a negociações de paz". "Estamos efetivamente dispostos a participar em um encontro em Genebra sem condições prévias", disse Mualem, em referência ao projeto de uma nova conferência internacional de paz proposto em maio por Rússia e Estados Unidos, mas que não foi concretizado por causa das tensões entre os dois países. "Estamos dispostos ao diálogo com todas as forças políticas sírias que desejam o restabelecimento da paz em nosso país", completou.



[SAIBAMAIS]Mualem, no entanto, disse que a posição mudaria em caso de ataque. Lavrov advertiu para o risco de uma "explosão do terrorismo" no Oriente Médio, que segundo ele seria provocada após um ataque ocidental à Síria. "Cada vez mais políticos e autoridades governamentais compartilham nossa opção de que um cenário de uso da força levaria a uma explosão do terrorismo na Síria e nos países vizinhos, e a um importante fluxo de refugiados", disse Lavrov.

Antes da reunião, Mualem disse que transmitiu uma mensagem de agradecimento do presidente sírio ao colega russo Vladimir Putin por seu respaldo à Síria. "Assad me encarregou de agradecer a Putin por sua posição sobre a Síria", disse Mualem. A reunião de Moscou aconteceu no dia em que o presidente americano Barack Obama tentará convencer os congressistas americanos sobre a necessidade de uma intervenção militar para punir o regime de Assad, após o suposto uso de armas químicas em 21 de agosto na região de Damasco.

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