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AIEA convida Irã para trabalhar positivamente em tema nuclear

Segundo o diretor-geral da Agência nternacional de Energia Atômica, é "essencial e urgente que o Irã coopere"

Agência France-Presse
postado em 09/09/2013 09:49
Viena - A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) está disposta a "trabalhar de forma construtiva com o Irã" para "resolver os assuntos pendentes" de seu programa nuclear, declarou nesta segunda-feira (9/9) em Viena o diretor-geral do organismo, o japonês Yukiya Amano. Levando-se em conta "o número de informações críveis à disposição da AIEA sobre uma possível dimensão militar do programa nuclear iraniano, continua sendo essencial e urgente que o Irã coopere conosco", disse Amano ao abrir a sessão do conselho de governadores, que durará uma semana.

[SAIBAMAIS]Amano utilizou uma linguagem mais moderada em comparação com a de três meses atrás, quando havia expressado seu cansaço em relação ao diálogo com o Irã, que dava voltas sem avançar. Os primeiros sinais do novo presidente iraniano, Hassan Rohani, foram considerados positivos e encorajadores visando o reinício das negociações, previstas para 27 de setembro. O diretor da AIEA convidou novamente o governo iraniano a "fornecer sem demora uma resposta substancial" às perguntas da organização sobre o sítio militar de Parchin, onde suspeita-se que ocorreram explosões correspondentes a testes com fins militares.



Os delegados dos 35 países-membros do conselho de governantes da agência da ONU se reunirão a portas fechadas durante uma semana em Viena, em um contexto de apaziguamento após a posse do novo presidente iraniano. Rohani renovou completamente a equipe de negociadores, que estará sob a autoridade do novo ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, encarregado de manter contato com o grupo 5%2b1 (Estados Unidos, China, Rússia, Grã-Bretanha, França e Alemanha).

No fim de setembro, Mohammad Javad Zarif deve se reunir em Nova York com Catherine Ashton, chefe da diplomacia europeia. O tema sírio também pode ir para a mesa de negociações, por iniciativa da Rússia, que advertiu sobre as consequências catastróficas de um ataque militar contra a Síria, já que mísseis poderiam atingir um pequeno reator de pesquisa nuclear.

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