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Damasco apoia Moscou ao tentar colocar arsenal químico sírio sob controle

O chefe da diplomacia síria também elogiou a "sabedoria dos líderes russos, que estão tentando impedir uma agressão americana contra o nosso povo"

Agência France-Presse
postado em 09/09/2013 13:30
Moscou - A Síria saúda a proposta da Rússia de colocar sob controle internacional seu arsenal químico a fim de evitar uma intervenção militar ocidental, declarou nesta segunda-feira (9/9) o chefe da diplomacia síria, Walid Muallem em Moscou. "O ministro Lavrov apresentou uma iniciativa ligada às armas químicas. Eu declaro: a Síria saúda a iniciativa russa, fundada nas preocupações dos líderes russos quanto à vida de nossos cidadãos e à segurança de nosso país", declarou Muallem, citado pelas agências russas.

[SAIBAMAIS]Ele também elogiou a "sabedoria dos líderes russos, que estão tentando impedir uma agressão americana contra o nosso povo". O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, pediu à Síria que colocasse seu arsenal sob controle, enquanto o secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou em Londres que o presidente sírio poderia evitar ataques tomando esta atitude. "Pedimos às autoridades sírias não apenas que aceitem colocar seu arsenal de armas químicas sob controle internacional para em seguida destruí-lo, mas também a união plena à Organização para a Proibição de Armas Químicas" da ONU (OPAQ), disse Lavrov poucas horas depois de se reunir com Muallem em Moscou.



"Nós já transmitimos esta proposta ao ministro sírio das Relações Exteriores, Sr. Muallem, que está em Moscou, e esperamos uma resposta rápida e positiva", havia afirmado. "Nós não sabemos se os sírios concordam com isso, mas se o fato de colocar as armas químicas do país sob controle internacional puder evitar ataques, vamos trabalhar rapidamente com Damasco", assegurou. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, saudou nesta segunda-feira a proposta russa. "Se ocorresse, seria enormemente bem-vindo", disse Cameron no Parlamento. "Seria um grande passo adiante e deveríamos encorajá-lo", acrescentou.

No entanto, Cameron, partidário de uma resposta militar ao ataque com armas químicas contra a população civil perto de Damasco, no dia 21 de agosto, advertiu que "temos que ser cuidadosos de que isso não se trate de uma manobra de distração".

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