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Líder rebelde acusa Damasco de mentir sobre controle de armas químicas

"Nós fazemos um apelo aos ataques e advertimos a comunidade internacional que o regime diz mentiras, e que o seu mentor Putin é seu professor", declarou o chefe do Exército Sírio Livre

Agência France-Presse
postado em 09/09/2013 14:18
Beirute - O líder rebelde sírio acusou nesta segunda-feira (9/9) o regime de Bashar al-Assad e seu aliado russo de mentir, após Damasco saudar a iniciativa de Moscou de colocar sob controle internacional o arsenal químico do país para evitar ataques ocidentais.

"Nós fazemos um apelo aos ataques e advertimos a comunidade internacional que o regime (de Assad) diz mentiras, e que o seu mentor Putin é seu professor", declarou o chefe do Exército Sírio Livre, Selim Idriss, em uma entrevista à Al-Jazeera, em referência ao presidente russo Vladimir Putin.



O chanceler russo, Serguei Lavrov, pediu nesta segunda-feira que a Síria coloque seu arsenal químico sob controle internacional para que seja, em seguida, destruído. Seu homólogo americano, John Kerry, afirmou em Londres que a ação poderia impedir os ataques contra o regime sírio.

O chefe da diplomacia síria, Walid Mouallem, disse em visita a Moscou que "recebia favoravelmente à iniciativa russa".

A oposição ao regime de Assad pediu, contudo, que a comunidade internacional não confie nem em Moscou, nem em Damasco.

"O regime quer ganhar tempo para se proteger" de um eventual ataque, afirmou Idriss, do Exército Sírio Livre.

"Digo aos líderes que nós conhecemos este regime, que nós já o testamos, e nós os alertamos: não caiam na armadilha de desonestidade" que ele arma para vocês, explicou o rebelde.

Damasco e Moscou "sabem que uma votação no Congresso americano está para ser realizada, e eles sabem que ataques levarão à queda do regime", afirmou Idriss.

Os parlamentares americanos, que voltaram ao trabalho nesta segunda-feira, devem se pronunciar nos próximos dias sobre uma resolução que autoriza o governo Obama a fazer uso da força contra o regime sírio. A ação seria uma represália contra o suposto ataque químico cometido no dia 21 de agosto no subúrbio de Damasco.

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