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Grutas do Palácio, no Uruguai, ingressam a Rede Mundial da Unesco

Trata-se do primeiro geoparque do Uruguai a se integrar à rede da Unesco e o segundo da América Latina, depois do brasileiro de Araripe, no Ceará

Agência France-Presse
postado em 09/09/2013 20:04
Paris - Dez novas áreas, entre elas as "Grutas do Palácio" do Uruguai, foram incorporadas à Rede Mundial de Geoparques da Unesco, que agora soma 100 lugares, situados em 29 países, informou a organização sediada em Paris em um comunicado.

Os novos geoparques, situados em Áustria, China, Eslovênia, Itália, Japão, Holanda, Portugal, Turquia e Uruguai, foram admitidos pela Mesa da Rede Mundial na reunião que a entidade realiza em Jeju (República da Coreia), informou a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

Trata-se do primeiro geoparque do Uruguai a se integrar à rede da Unesco e o segundo da América Latina, depois do brasileiro de Araripe, no Ceará.

Com 3.641 km quadrados, território que abarca quase todo o departamento (estado) de Flores (centro-oeste), o parque reúne 14 geo-sítios, de antigas pedreiras, uma região com pinturas rupestres ou um mar de pedras até as famosas Grutas do Palácio, que integram o sistema nacional de áreas protegidas, explicou à AFP o geólogo César Goso, que trabalha há cinco anos no local.

Composto de formações rochosas com mais de dois milhões de anos, o Geoparque alimenta a expectativa das autoridades de incrementar o turismo sustentável na região.

"As rochas do embasamento cristalino do cráton do Rio da Prata se estendem por quase todo o subsolo do Uruguai e só afloram à superfície no sul e no leste do país, formando uma peculiar paisagem de colinas", destacou a Unesco.

"As formações rochosas que podem ser vistas no geoparque são muito antigas, pois datam do Pré-cambriano, embora possam ser encontradas nele diversos tipos de rochas e sedimentos característicos de outros períodos geológicos", acrescentou.

Criada em 2004 sob os auspícios da Unesco, a Rede Mundial de Geoparques tem como objetivo fomentar a cooperação entre especialistas e profissionais do patrimônio geológico, promover a sensibilização a riscos geológicos e as estratégias de atenuação das catástrofes naturais, assim como às mudanças climáticas e à necessidade de se fazer uma gestão sustentável dos recursos naturais da Terra.

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