Mundo

Obama: plano russo sobre a Síria é 'potencialmente positivo'

Agência France-Presse
postado em 09/09/2013 20:42
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira (9/9) que a proposta da Rússia para que a Síria submeta suas armas químicas a controle internacional é "potencialmente positiva" e prometeu levá-la a sério.

"É um desenvolvimento potencialmente positivo", disse Obama à emissora de televisão americana CNN.

"Se pudermos esgotar os esforços diplomáticos e alcançar uma fórmula que dê à comunidade internacional um mecanismo verificável e aplicável para lidar com essas armas químicas na Síria, então, sou a favor disso", acrescentou.

Nesta segunda, a Rússia propôs que a Síria submeta seu arsenal de armas químicas a controle internacional, para evitar um ataque americano. A proposta foi rapidamente aceita pela Síria e recebida com satisfação pela ONU e por países como França e Alemanha.

Obama expressou sua convicção de que mudança de postura do governo de Bashar al-Assad e a apresentação da proposta aconteceram em função das ameaças de ataques militares à Síria.

"Tenho de dizer que dificilmente teríamos chegado a este ponto, em que há declarações públicas como essa, sem uma ameaça militar crível", frisou Obama.

Ainda em entrevista à CNN, Obama ressaltou que não serão toleradas manobras por parte da Síria.

Em declarações à rede NBC, o presidente dos Estados Unidos admitiu, porém, que não tem certeza de que terá apoio do Congresso: "Não diria que tenho confiança. Tenho confiança de que os membros do Congresso estão levando este assunto muito a sério e que estão fazendo seu trabalho, e eu reconheço isso".

A votação prevista para a próxima quarta-feira no Senado sobre a proposta do governo de lançar ataques contra a Síria foi adiada diante do plano russo sobre o arsenal químico sírio, informou o senador democrata Harry Reid.

"Não acho que precisemos" votar rapidamente, disse o líder da maioria democrata no Senado, poucas horas depois do anúncio da votação para esta quarta-feira.

"Acho que devemos dar ao presidente (Barack Obama) a oportunidade de falar com os 100 senadores e com os 300 milhões de americanos" antes de votar, acrescentou.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação