Luisa Ikemoto
postado em 10/09/2013 22:25
Em pronunciamento oficial na noite desta terça-feira (10/9), o presidente dos Estados Unidos Barack Obama assegurou que não irá "olhar para o outro lado" e ignorar as ações da Síria. Para ele, os EUA não são os "policias do mundo", mas acredita que podem evitar que crianças morram intoxicadas por gases tóxicos em regimes ditatoriais. Ele disse que irá esperar o fim das negociações com a Rússia, mas reforçou o pedido para que o Congresso aprove a intervenção militar ao país do Oriente Médio.
"O que ocorreu com aquelas pessoas, aquelas crianças, não é apenas uma questão humanitária, mas de segurança mundial", disse Obama em tom emotivo ao lembrar das cenas trágicas que chocaram o mundo, de crianças e civis morrendo após o ataque de gás sarin, atribuído ao regime de Bashar Al-Assad.
"Um ataque limitado irá fazer Assad ou qualquer outro ditador pensar duas vezes antes de realizar um ataque químico", afirmou o presidente após prometer que não colocaria tropas norte-americanas em solo sírio, e que seria apenas um ataque pontual. "Um ataque dos EUA é uma mensagem que nenhuma outra nação pode entregar", acrescentou ele, ao reforçar a importância de uma intervenção da nação americana.
Ainda durante o discurso, o presidente relembrou a ação no Iraque e no Afeganistão, admitindo que uma nova intervenção militar não será uma decisão popular, mas ainda assim, necessária, apontando que se trata de uma questão de "segurança mundial".
"Ninguém nega que os gases tóxicos tenham sido usados na Síria, e nós sabemos que Assad foi o responsável", voltou a lembrar, para justificar a ação. "Esse não é um mundo que devemos aceitar", disse o presidente.