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Professor desaparece na China após suspeitas de espionagem para o Japão

Zhu Jianrong não dá notícias há dois meses, quando viajou para Xangai

Agência France-Presse
postado em 12/09/2013 09:20
Tóquio - O desaparecimento em Xangai de um professor chinês que dá aulas em Tóquio preocupa o Japão, onde a imprensa informou a detenção por Pequim, que o considera suspeito de espionar para o governo nipônico. Os amigos de Zhu Jianrong, de 56 anos e professor de relações asiáticas na Universidade Toyo Gakuen de Tóquio, estão preocupados com sua segurança, pois não recebem notícias dele desde que viajou até sua cidade natal, Xangai, há dois meses.

[SAIBAMAIS]"Não temos nenhuma informação e a mulher dele perdeu contato", afirmou à AFP um porta-voz da universidade. Zhu estaria sendo investigado pelo ministério chinês da Segurança Estatal, segundo o jornal nipônico Sankei e a agência de notícias japonesa Kyodo, que citam fontes chinesas não identificadas. De acordo com a revista japonesa Shukan Shincho, Pequim acredita que Zhu colabora em atividades de informação para o Japão.



A revista, que cita uma fonte do ministério japonês das Relações Exteriores, afirma que, apesar de pertencer ao Partido Comunista Chinês e de suas opiniões a favor de Pequim, Zhu mantinha relações próximas com autoridades japonesas. Os serviços de segurança chineses convocaram o professor para uma reunião em Xangai, segundo a revista. "A China poderia iniciar uma campanha antijaponesa, afirmando que o Japão roubou informações por meio de Zhu", disse uma fonte do ministério nipônico das Relações Exteriores a Shukan Shincho.

Hong Lei, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, declarou na quarta-feira que "Zhu Jianrong é um cidadão chinês e que os cidadãos chineses devem obedecer às leis chinesas". A polícia de Xangai não comentou a notícia e familiares de Zhu na cidade não foram localizados. Zhu chegou ao Japão em 1986, onde defendeu uma tese de Ciências Políticas. No início do ano, Zhu entrevistou várias autoridades militares chinesas como parte de uma pesquisa universitária sobre a Marinha do país, segundo a agência Kyodo.

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