Nova York - A ONU anunciou nesta quinta-feira (/9) que recebeu documentos do governo da Síria solicitando sua adesão à convenção internacional que proíbe armas químicas.
"Nas últimas horas recebemos documentos do governo da Síria que estão sendo traduzidos", disse o porta-voz das Nações Unidas, Farhan Haq. Ele confirmou que se trata de documentos de adesão à convenção sobre armas químicas.
[SAIBAMAIS]
Os Estados Unidos e seus aliados acusam Damasco de ter realizado o ataque de 21 de agosto com gás sarin, no qual centenas de pessoas morreram.
Em uma tentativa de deter um ataque militar liderado por Washington, a Rússia propôs um plano para colocar o arsenal de armas químicas sírias sob controle internacional. A Síria anunciou que iria aderir à convenção internacional como parte do plano.
No entanto, o governo do presidente Bashar al-Assad não vai se incorporar imediatamente à convenção de 1993, que proíbe a produção e o armazenamento destas armas, disse Farhan Haq.
Segundo especialistas da ONU, a adesão ocorre no momento em que um país aceita os termos do tratado e, normalmente, tem o mesmo efeito que uma ratificação do mesmo.
Haq disse que esta será "a primeira etapa" para o país árabe se tornar membro pleno da convenção e que serão necessários "alguns dias" para que a Síria se integre formalmente.
O embaixador da Síria na ONU, Bashar Jaafari, disse que seu governo se considera agora membro pleno da convenção. "Com isto, o capítulo das supostas armas químicas deve terminar", comentou Jaafari a jornalistas.
"As armas químicas na Síria são uma mera dissuasão contra o arsenal nuclear israelense", acrescentou.
Sob a convenção de 1993, a Síria deve destruir todas as suas armas químicas.