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Obama comemora acordo sobre a Síria, mas mantém ameaça de intervenção

"Mesmo com o importante progresso que foi feito, ainda resta muito trabalho pela frente", afirmou Obama.

Agência France-Presse
postado em 14/09/2013 14:15
Washington - O presidente americano, Barack Obama, saudou o acordo obtido neste sábado (14/9) sobre o desmantelamento do arsenal químico sírio, mas destacou que Damasco deve cumprir seus compromissos.

Em um comunicado, Obama ressaltou que espera que o regime de Bashar al-Assad "esteja à altura de seus compromissos" e acrescentou que "os Estados Unidos continuam preparados para agir, caso fracasse a diplomacia".

Obama disse que o acordo só foi possível "em parte" pelo que ele chamou de ameaça crível do uso da força contra a Síria, como punição por seu suposto uso de armas químicas contra civis no mês passado.

"Mesmo com o importante progresso que foi feito, ainda resta muito trabalho pela frente", afirmou Obama.



"Os Estados Unidos continuarão trabalhando com Rússia, Reino Unido, França, Nações Unidas e outros para garantir que este processo seja verificável, e que haja consequências, se o regime de Assad não cumprir os compromissos estabelecidos hoje. E, se a diplomacia fracassar, os Estados Unidos permanecem preparados para agir", insistiu.

"O uso de armas químicas em qualquer lugar do mundo é um insulto à dignidade humana e uma ameaça à segurança das pessoas", afirmou Obama.

"Por nossos filhos, temos o dever de preservar um mundo sem temor de armas químicas. Hoje, dá-se um importante passo para essa meta", destacou.

O novo acordo dá à Síria uma semana para fornecer detalhes a respeito de seus arsenais de armas químicas e indica que o país árabe deve conceder acesso irrestrito aos inspetores internacionais, com o objetivo de eliminar esse tipo de armamento até meados de 2014.

Dois influentes senadores da oposição republicana, John McCain e Lindsey Graham, rejeitaram o acordo entre seu país e a Rússia.

"Não resolve em nada o verdadeiro problema na Síria, ou seja, o conflito que causou a morte de 110 mil pessoas, o deslocamento de milhões e a desestabilização dos nossos amigos e aliados na região", disseram os congressistas, em comunicado comum distribuído à imprensa.

Ambos temem que tanto os amigos como os inimigos dos EUA considerem o acordo um gesto de fraqueza por parte de Washington.

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