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Ameaça de uso da força contra a Síria 'continua real', diz Kerry

"A ameaça da força persiste, a ameaça é real", disse o chefe da diplomacia dos EUA em coletiva de imprensa

Agência France-Presse
postado em 15/09/2013 13:48
Jerusalém - A ameaça de uma intervenção militar americana na Síria "continua real", advertiu neste domingo (15/9) o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, John Kerry, um dia depois do acordo entre Washington e Moscou para destruir o arsenal químico do regime sírio.

"A ameaça da força persiste, a ameaça é real", disse Kerry em coletiva de imprensa em Israel com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. "Não podemos dizer palavras vazias sobre questões internacionais", afirmou Kerry.

O secretário de Estado fez essas declarações depois de uma reunião de quatro horas com Netanyahu, durante a qual o acordo entre americanos e russos sobre o arsenal químico sírio foi abordado, assim como negociações de paz em curso entre israelenses e palestinos.
"Não se enganem, não esvaziamos opção alguma", alertou Kerry, no momento em que o acordo assinado neste sábado em Genebra deixou mais distante a ameaça imediata de ataques americanos, projetados por Washington e seus aliados para "punir" o regime de Bashar al-Assad, acusado de ter efetuado um suposto ataque com armas químicas em 21 de agosto no subúrbio de Damasco.

"Armas de destruição em massa foram utilizadas por um Estado contra seu próprio povo. É um crime contra a Humanidade, e isso não pode ser tolerado", acrescentou Kerry.

Netanyahu afirmou que desmantelar o arsenal químico tornaria a região "muito mais segura".

"O mundo deve garantir que os regimes extremistas não possuam armas de destruição em massa, porque, e a Síria ainda deu um exemplo disso, se isso não for feito, eles as utilizarão", declarou o primeiro-ministro israelense.

"Para que a diplomacia tenha alguma chance de ser bem-sucedida, ela deve ser acompanhada de uma ameaça militar crível", acrescentou Netanyahu.

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