postado em 16/09/2013 14:01
O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, defendeu nesta segunda-feira (16/9) o fim da transferência de armas para a Síria. Para ele, esse deve ser o principal ponto da resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o tema. Nesta segunda-feira, a Comissão de Inquérito das Nações Unidas para a Síria divulgou o resultado de um relatório que aponta que, apesar da constatação do uso de armas químicas, a maioria das mortes no conflito foi causada por armas de fogo convencionais.
"Defendemos o cessamento imediato do fluxo de armas para a Síria, que só tem agravado o drama humanitário, gerado mais mortes e mais refugiados. Esse é um problema que tem de ser equacionado. Sem dúvida, esperaríamos que o Conselho de Segurança pudesse se pôr de acordo para determinar a cessão desse fluxo", explicou o chanceler, que informou não haver negociações no conselho que tratem especificamente dessa questão armamentícia.
Para o chanceler, o relatório da Comissão de Inquérito, chefiada pelo diplomata brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, mostra que houve flagrante violação de direitos humanos no país por ambas as partes do conflito ; governo e oposição, representada pelo Exército Livre Sírio ;, e que diversos crimes voltaram a ocorrer desde a intensificação da crise, nas últimas semanas.
[SAIBAMAIS]Figueiredo também defendeu uma solução política, e não militar, ao conflito ; assim como foi abordado no relatório da Comissão de Inquérito da ONU. "Essa é a hora de investirmos na diplomacia para a busca de uma paz duradoura. É hora de abandonarmos qualquer plano de intervenção militar estrangeira, que só agravaria a situação", explicou o ministro, que saudou os Estados Unidos e a Rússia pelo acordo firmado nos últimos dias.
Ele também reconheceu o avanço da Síria ao aceitar aderir à Convenção de Proibição ao Uso de Armas Químicas (Cpaq) e falou sobre a soberania do país e a necessidade de a comunidade internacional aceitar soluções da própria Síria para os seus conflitos.
Sobre a crise, o ministro Figueiredo ainda informou sobre a importância do tema para o Brasil, que tem numerosa população com ascendência síria. Isso, para ele, credencia o Brasil a participar das negociações dessa questão.
"Somos um país que tem uma sensibilidade grande para o que se passa na Síria. Do nosso ponto de vista, isso nos credencia a participar ativamente do diálogo nessa busca por soluções;, disse o chanceler. De acordo com ele, o Brasil está disposto a contribuir para o êxito da Conferência Internacional Genebra 2, que tentará encontrar uma solução política para o conflito.
Segundo o ministro, essa conferência deverá ser negociada em pormenores durante da conferência anual das Nações Unidas, que ocorrerá no final deste mês, em Nova York. "No decorrer dos preparativos [para Genebra 2], vamos conversar com os parceiros. Já há ideias de eventuais contribuições brasileiras", informou.
Sobre a viagem da presidenta Dilma Rousseff a Washington, agendada para este mês, o chanceler não quis dar informações. Figueiredo tem uma reunião com Dilma marcada para o final da tarde de hoje, em que deverão discutir o assunto. Essa viagem tem sido tema de tensão entre o Brasil e os Estados Unidos, desde que foram divulgadas notícias de que Dilma, empresas brasileiras e cidadãos estariam sendo espionados por agências norte-americanas. Até o momento, não se sabe se a viagem vai ocorrer.
"Defendemos o cessamento imediato do fluxo de armas para a Síria, que só tem agravado o drama humanitário, gerado mais mortes e mais refugiados. Esse é um problema que tem de ser equacionado. Sem dúvida, esperaríamos que o Conselho de Segurança pudesse se pôr de acordo para determinar a cessão desse fluxo", explicou o chanceler, que informou não haver negociações no conselho que tratem especificamente dessa questão armamentícia.
Para o chanceler, o relatório da Comissão de Inquérito, chefiada pelo diplomata brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, mostra que houve flagrante violação de direitos humanos no país por ambas as partes do conflito ; governo e oposição, representada pelo Exército Livre Sírio ;, e que diversos crimes voltaram a ocorrer desde a intensificação da crise, nas últimas semanas.
[SAIBAMAIS]Figueiredo também defendeu uma solução política, e não militar, ao conflito ; assim como foi abordado no relatório da Comissão de Inquérito da ONU. "Essa é a hora de investirmos na diplomacia para a busca de uma paz duradoura. É hora de abandonarmos qualquer plano de intervenção militar estrangeira, que só agravaria a situação", explicou o ministro, que saudou os Estados Unidos e a Rússia pelo acordo firmado nos últimos dias.
Ele também reconheceu o avanço da Síria ao aceitar aderir à Convenção de Proibição ao Uso de Armas Químicas (Cpaq) e falou sobre a soberania do país e a necessidade de a comunidade internacional aceitar soluções da própria Síria para os seus conflitos.
Sobre a crise, o ministro Figueiredo ainda informou sobre a importância do tema para o Brasil, que tem numerosa população com ascendência síria. Isso, para ele, credencia o Brasil a participar das negociações dessa questão.
"Somos um país que tem uma sensibilidade grande para o que se passa na Síria. Do nosso ponto de vista, isso nos credencia a participar ativamente do diálogo nessa busca por soluções;, disse o chanceler. De acordo com ele, o Brasil está disposto a contribuir para o êxito da Conferência Internacional Genebra 2, que tentará encontrar uma solução política para o conflito.
Segundo o ministro, essa conferência deverá ser negociada em pormenores durante da conferência anual das Nações Unidas, que ocorrerá no final deste mês, em Nova York. "No decorrer dos preparativos [para Genebra 2], vamos conversar com os parceiros. Já há ideias de eventuais contribuições brasileiras", informou.
Sobre a viagem da presidenta Dilma Rousseff a Washington, agendada para este mês, o chanceler não quis dar informações. Figueiredo tem uma reunião com Dilma marcada para o final da tarde de hoje, em que deverão discutir o assunto. Essa viagem tem sido tema de tensão entre o Brasil e os Estados Unidos, desde que foram divulgadas notícias de que Dilma, empresas brasileiras e cidadãos estariam sendo espionados por agências norte-americanas. Até o momento, não se sabe se a viagem vai ocorrer.