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"Occupy Wall Stret" volta às ruas de Nova York para segundo aniversário

Cerca de 250 pessoas se reuniram pouco antes do meio-dia no Zuccotti Park, perto de Wall Street, onde o movimento nasceu em 2011, no sul de Manhattan

Agência France-Presse
postado em 17/09/2013 17:16
O movimento "Occupy Wall Street" (OWS) voltou às ruas de Nova York nesta terça-feira para marcar o seu segundo aniversário com uma série de passeatas denunciando a cobiça do mundo das finanças e a corrupção do poder político.

Cerca de 250 pessoas se reuniram pouco antes do meio-dia no Zuccotti Park, perto de Wall Street, onde o movimento nasceu em 2011, no sul de Manhattan.

A manifestação, que seguiu pela Broadway até a Washington Square, ocorreu pacificamente sob rígido controle da polícia, mas pelo menos três pessoas foram detidas por violar a ordem de não bloquear o tráfego.

Os ativistas seguravam faixas com mensagens denunciando a falta de regulação dos mercados e exigindo o desarmamento do Pentágono.

Nascido em 17 de setembro de 2011 em Nova York, o OWS surpreendeu o mundo com protestos sem líderes que se espalharam por outras cidades nos Estados Unidos e na Europa.



O movimento atingiu o seu clímax nos dois primeiros meses, mas com o passar do tempo seus acampamentos no centro de grandes cidades foram gradualmente desmantelados pela polícia, às vezes com violência, como aconteceu no Zuccotti Park.

"Eu estava aqui no início e vejo muitas caras que estavam aqui no início. Engraçado porque muitas pessoas gostam de dizer que o ;Occupy; está morto. Mas não é exatamente isso o que aconteceu", declarou à AFP Jason Woody, habitante de Nova York de 29 anos.

"As coisas que fizemos aqui inspiraram pessoas de todo o mundo a se erguer e assumir o controle", disse o ativista, descrevendo a "longa e dura estrada" que "mudou o debate" nos Estados Unidos.

Outra marcha foi programada para esta tarde em frente ao prédio da ONU, no centro de Manhattan.

No ano passado, no primeiro aniversário do OWS, mais de 1.000 pessoas se mobilizaram no distrito financeiro de Nova York, deixando um 181 detidos.

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