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Bomba nuclear esteve prestes a explodir acidentalmente nos EUA em 1961

Jornal britânico The Guardian publicou neste sábado (21/9) relatório secreto de 23 de janeiro de 1961, no qual revela que uma bomba atômica americana 260 vezes mais potente que a de Hiroshima esteve prestes a explodir em janeiro de 1961 na Carolina do Norte

Agência France-Presse
postado em 21/09/2013 09:20
A catástrofe poderia ter afetado as cidades de Washington, Baltimore, Filadélfia e até mesmo Nova York, colocando
Londres - Uma bomba atômica americana 260 vezes mais potente que a de Hiroshima esteve prestes a explodir em janeiro de 1961 na Carolina do Norte, no leste dos Estados Unidos, informou neste sábado (21/9) o jornal britânico The Guardian, citando um documento americano desclassificado. Segundo o relatório secreto, no dia 23 de janeiro de 1961 um bombardeiro B-52 se partiu em dois em pleno voo, provocando a queda de duas bombas sobre a cidade de Goldsboro, na Carolina do Norte.



"Uma das duas bombas se comportou exatamente como se espera que uma bomba nuclear o faça" quando é lançada intencionalmente. "Seu para-quedas abriu e o processo de inicialização começou", publica o jornal. Um simples interruptor evitou que a bomba explodisse, já que os outros três mecanismos de segurança destinados a impedir uma explosão acidental falharam, segundo o autor do relatório, Parker F. Jones, um engenheiro que trabalhava nos laboratórios nacionais de Sandia, encarregados de elaborar os mecanismos de segurança para as bombas nucleares.

A catástrofe poderia ter afetado as cidades de Washington, Baltimore, Filadélfia e até mesmo Nova York, colocando "milhares de vidas em perigo", afirma o jornal. "A bomba MK 39 Mod 2 não possuía os mecanismos de segurança apropriados para um uso aerotransportado a bordo de um B-52", concluiu o engenheiro em seu relatório, escrito oito anos depois do ocorrido. O The Guardian também informa que "ao menos 700 acidentes significativos e incidentes que envolveram 1.250 armas nucleares foram registrados entre 1950 e 1968" pelo governo.

O relatório desclassificado foi obtido pelo jornalista americano Eric Schlosser sob a lei de liberdade de informação.

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