Agência France-Presse
postado em 21/09/2013 16:14
Bagdá - Ao menos 57 pessoas morreram neste sábado em Bagdá em um atentado contra participantes de um funeral, indicaram os serviços de segurança.
Um carro-bomba, dirigido por um terrorista suicida, explodiu passado o meio-dia em Sadr City, bairro xiita da capital, perto de uma tenda preparada, segundo a tradição, para abrigar os participantes do funeral de um homem que faleceu de causas naturais.
Uma segunda explosão, de origem indeterminada, foi registrada na mesma região.
O ataque, que também deixou 128 feridos, ocorreu no dia seguinte a um atentado a bomba contra uma mesquita sunita que deixou 18 mortos perto de Samarra, 110 km ao norte de Bagdá.
"Os responsáveis por este crime horrível buscam fomentar a violência confessional e a instabilidade", criticou em um comunicado Osama al-Noujaifi, presidente do Parlamento iraquiano e principal figura política sunita do país.
Este foi o atentado mais sangrento em Bagdá desde 28 de agosto, quando 75 pessoas foram mortas em atentados com carro-bomba.
Em outros ataques este sábado, cinco terroristas suicidas vestindo uniformes das forças especiais atacaram um posto da polícia, matando quatro policiais.
Um dos terroristas foi morto antes de poder agir, mas os outros detonaram as cargas explosivas que levavam com eles no interior do perímetro de segurança do posto da cidade de Baiji, 200 km ao norte da capital.
Pelo menos outras 12 pessoas morreram em diferentes ataques em todo o país.
Estes ataques elevam para mais de 500 o número de mortos em atentados desde o começo do mês e para mais de 4.300 o número de mortos desde o início do ano, segundo uma estimativa feita pela AFP a partir de fontes secundárias e médicas.
Segundo uma fonte diplomática ocidental, desde o começo do ano houve cerca de 500 atentados com carros-bomba no Iraque, a metade em Bagdá.
Além disso, uma centena de terroristas suicidas no volante de carros-bomba detonaram os explosivos que levavam consigo em ataques registrados desde o começo do ano no país.
Os atentados contra civis sunitas ou xiitas se multiplicaram nos últimos meses no país, despertando o temor de uma retomada da guerra sectária que banhou de sangue o país, sobretudo em 2006-2007.