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Bashar Al-Assad reitera compromisso de destruir arsenal químico

O acordo afastou a ameaça de ações militares ocidentais contra o regime sírio, acusado por um ataque com armas químicas em 21 de agosto perto de Damasco

Agência France-Presse
postado em 26/09/2013 08:04
Assad não descartou uma intervenção dos Estados Unidos contra seu país, apesar das negociaçõesCaracas - O presidente da Síria, Bashar al-Assad, reiterou o compromisso de destruir o arsenal químico de seu país e de não obstruir o processo, em uma entrevista concedida ao canal venezuelano Telesur. "A Síria se compromete geralmente em todas as convenções que assina. Enviamos nos últimos dias o inventário (do arsenal químico) à Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) e, em breve, os especialistas visitarão a Síria para verificar o estado das armas", afirmou Assad na entrevista concedida em Damasco e divulgada na íntegra pela agência oficial Sana.

As grandes potências reunidas em Nova York avançaram na quarta-feira (25/9) para um acordo de resolução da ONU sobre o desarmamento químico sírio. Os ocidentais e a Rússia se opõem a recorrer ao capítulo VII para aplicar o programa de eliminação de armas químicas anunciado em 14 de setembro em Genebra por Moscou e Washington.



[SAIBAMAIS]O acordo afastou a ameaça de ações militares ocidentais contra o regime sírio, acusado por um ataque com armas químicas em 21 de agosto perto de Damasco. Mas Assad não descartou uma intervenção dos Estados Unidos contra seu país, apesar das negociações para que Damasco destrua seu arsenal de armas químicas. "A possibilidade de um ataque dos Estados Unidos à Síria sempre estará presente. Em um momento sob o pretexto de armas químicas, em outros momentos por pretextos diferentes", disse Assad na entrevista ao canal Telesur.

"O importante é que há décadas os Estados Unidos estão transgredindo o Conselho de Segurança, violando a carta da ONU, a soberania das Nações, todos os valores humanos e morais". "Se olharmos as guerras anteriores, as políticas dos Estados Unidos, ao menos a partir da primeira metade dos anos cinquenta, veremos que é uma política que vai de uma agressão a outra. Esta política não mudou e não vejo agora razão para que mude", disse Assad.

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