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Presidente Barack Obama reitera que não cederá sobre reforma de saúde

A Câmara de Representantes, controlada pela oposição republicana, rejeita ampliar o orçamento ou aumentar o limite do endividamento federal

Agência France-Presse
postado em 26/09/2013 16:09
A Câmara de Representantes, controlada pela oposição republicana, rejeita ampliar o orçamento ou aumentar o limite do endividamento federalO presidente Barack Obama alertou nesta quinta-feira (26/9) que não permitirá que os republicanos acabem ou adiem sua reforma da saúde, em uma forte aposta do presidente em meio a uma disputa pelo orçamento com a oposição no Congresso.

"Alguns ameaçaram com um ;fechamento; (dos serviços) do governo se não puderem acabar com esta lei", disse Obama em um centro de formação para jovens nos subúrbios de Washington. "Outros ameaçaram (...) rejeitar o pagamento das contas dos EUA se não puderem adiar a lei", acrescentou. "Isso não vai acontecer enquanto for presidente. A Lei de Cuidados Médicos a Baixo Custo está aqui para ficar", acrescentou.

A Câmara de Representantes, controlada pela oposição republicana, rejeita ampliar o orçamento ou aumentar o limite do endividamento federal de 16,7 trilhões de dólares, a menos que o presidente aceite cortar gastos ou atrasar a reforma conhecida como "Obamacare", aprovada em 2010.

Essa reforma permite aos norte-americanos que não têm seguro médico, obtê-lo, já que obriga por lei a contratação de um seguro e subsidia quem não puder custeá-lo.



Se governo e oposição não alcançarem um acordo, o Executivo será forçado a dar férias coletivas não remuneradas a milhares de funcionários públicos de serviços considerados não essenciais. Além disso, pode haver um default pela primeira vez na história dos EUA em meados de outubro.

O teto da dívida foi alcançado em maio e a partir desse momento o Tesouro tomou medidas extraordinárias para evitar uma suspensão dos pagamentos, mas elas "se esgotarão no dia 17 de outubro", alertou na quarta-feira o secretário do Tesouro, Jacob Lew.

Na sexta-feira (27/9), a Câmara dos Deputados - controlada pela oposição republicana - adotou um projeto de orçamento temporário para financiar o Estado até 15 de dezembro, mas retirou dinheiro para a reforma do sistema de saúde.

O Senado, controlado pelos democratas, deverá adotar sua própria versão do orçamento até domingo. Este texto inclui dinheiro para financiar a reforma de saúde e limita o orçamento temporário a 15 de novembro ao invés de 15 de dezembro.

O texto modificado deverá voltar para a Câmara Baixa, onde as possibilidades de êxito são incertas.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta quinta-feira que uma resolução rápida do conflito entre a Casa Branca e o Legislativo, em particular sobre o teto da dívida, é importante para a recuperação da economia mundial.

"É importante para a continuação da recuperação da economia de EUA e também para a economia mundial", informou Gerry Rice, porta-voz do FMI.

"Como já dissemos, esperamos que haja uma resolução rápida das discussões orçamentárias em curso e das que se desenvolveram em relação ao teto da dívida", disse Rice durante coletiva de imprensa em Washington.

Uma situação similar que pôs os EUA à beira do default em 2011 levou a agência de classificação Standard & Poor;s a retirar dos EUA seu "triplo A", a máxima em sua escala.

Nesta quinta-feira, o Departamento de Comércio confirmou que a economia dos EUA cresceu 2,5% no segundo trimestre em projeção anual.

A média de previsões dos analistas era uma leve revisão para cima do crescimento do PIB, a 2,6%.

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