Agência France-Presse
postado em 27/09/2013 12:18
HAIA - Existem duas missões internacionais sobre as armas químicas da Síria. A primeira, conduzida pela ONU, deve determinar se armas químicas foram usadas no conflito. A segunda, encomendada pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), deve supervisionar a destruição do arsenal químico de Damasco.Os inspetores da ONU deixarão Damasco segunda-feira, enquanto os da OPAQ devem chegar terça-feira, o mais tardar. Alguns especialistas da ONU poderiam até participar na missão da OPAQ, mas não na próxima semana.
Missão da ONU
Os peritos nomeados pela ONU devem determinar se foram usadas armas químicas, mas não têm como função identificar os autores dos supostos ataques. Liderados pelo sueco Sellstr;m Aake, fizeram duas viagens à Síria, a segunda está em andamento. A equipe é composta em sua maioria de especialistas da OPAQ, colocados à disposição pela organização com sede em Haia, na Holanda.
[SAIBAMAIS]A primeira visita iniciou em 18 de agosto e se destinava a investigar denúncias de alegados ataques com armas químicas. Eles investigaram o ataque de 21 de agosto perto de Damasco, que causou cerca de 1.500 mortes, segundo Washington. Os peritos nomeados pela ONU chegaram a Damasco na quarta-feira de manhã para uma nova fase de sua missão. Eles devem investigar sete supostos ataques com armas químicas, realizados entre 19 de março e 25 de agosto, e continuar seu trabalho sobre o ataque de 21 de agosto. Eles devem concluir sua investigação na segunda-feira. Um relatório final está previsto para o final de outubro.
Missão da OPAQ
Após o ataque em 21 de agosto, os russos e os americanos chegaram a um acordo sobre a destruição do arsenal químico sírio, sob a supervisão da OPAQ. Se o Conselho Executivo da OPAQ aprovar nesta sexta-feira um texto russo-americano neste sentido, esses especialistas deverão iniciar uma visita na terça-feira na Síria para a primeira fase do seu trabalho in situ: inspecionar locais de produção e armazenamento de armas químicas.
A Síria aderiu à Convenção sobre Armas Químicas de 1993, em virtude do acordo russo-americano de 14 de setembro, e se comprometeu a destruir seu arsenal de armas químicas até 2014. Seguindo o acordo, a Síria forneceu em 19 de setembro à OPAQ uma lista com os locais de produção e armazenamento de suas armas. Os especialistas da OPAQ serão encarregados de inspecionar os lugares listados. Eles também terão a oportunidade de inspecionar outros locais que não constam, mas que são considerados suspeitos.