Agência France-Presse
postado em 28/09/2013 14:52
Santiago - O general reformado Odlanier Mena, ex-chefe da Central Nacional de Informações (CNI), condenado por violações aos direitos humanos durante a ditadura de Augusto Pinochet, se suicidou neste sábado (28/9) em função de uma ordem de transferência do presídio onde cumpria pena e usufruía de regalias.
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Mena, de 87 anos, era o réu mais idoso do país e o único dos dez militares condenados por violações aos direitos humanos. Ele se encontrava detido no presídio especial Cordillera, onde tinha o benefício de poder ir para casa nos fins de semana. "Ele se suicidou em casa em consequência da ação de transferência do presídio de Cordillera para Punta Peuco. O general Mena se encontrava num estado de saúde muito delicado. Em Punta Peuco, não ia ter a atenção médica de que necessitava", explicou o advogado do preso, Jorge Balmaceda.
Mena deixou uma carta publicada neste sábado no jornal El Mercurio sob título "Plano Condor" na qual afirma: "Declaro, sob juramento, que não tive conhecimento nem participação alguma nessas ações ilegais".
O Plano Cóndor foi uma operação através da qual as ditaduras do Cone Sul se coordenaram na década de 70 para o extermínio de opositores.
Mena, que cumpria pena de seis anos pelo fuzilamento de três militantes socialistas em Arica, em 1973, foi o primeiro chefe do CNI quando Pinochet dissolveu a DINA, a polícia que operou nos primeiros e mais sangrentos anos da ditadura (1973-1990), que deixou mais de 3.200 mortos e desaparecidos.
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Mena deixou uma carta publicada neste sábado no jornal El Mercurio sob título "Plano Condor" na qual afirma: "Declaro, sob juramento, que não tive conhecimento nem participação alguma nessas ações ilegais".
O Plano Cóndor foi uma operação através da qual as ditaduras do Cone Sul se coordenaram na década de 70 para o extermínio de opositores.
Mena, que cumpria pena de seis anos pelo fuzilamento de três militantes socialistas em Arica, em 1973, foi o primeiro chefe do CNI quando Pinochet dissolveu a DINA, a polícia que operou nos primeiros e mais sangrentos anos da ditadura (1973-1990), que deixou mais de 3.200 mortos e desaparecidos.