Antes de embarcar no avião rumo a Nova York, na última segunda-feira, o novo presidente do Irã, Hassan Rowhani, disse que partia determinado a mudar a imagem do país diante do mundo. Com a primeira grande aparição internacional, na Assembleia Geral das Nações Unidas, ele conseguiu o que queria, na opinião de especialistas consultados pelo Correio. Eleito em junho, em meio a grandes expectativas de mudança, Rowhani persegue o objetivo de aplacar o isolamento ; político e econômico ; da República Islâmica.
O presidente retornou para o Irã após uma semana histórica, marcada por declarações conciliatórias, um contato inédito com o presidente americano, Barack Obama, e encontros entre autoridades ocidentais e iranianas, que sinalizam para uma nova fase no regime islâmico. Mas, para continuar nesse caminho, analistas avaliam que o país e nações ocidentais precisarão mostrar mais do que palavras e engajar-se logo em negociações sérias em torno do impasse nuclear.
O discurso de Rowhani na ONU, segundo o especialista iraniano Ali Banuazizi, da Boston College (EUA), conseguiu mostrar que o Irã sentiu os danos causados pela retórica polêmica do ex-presidente Mahmud Ahmadinejad. Declarações inflamadas sugerindo que Israel fosse ;varrido do mapa;, ou negando a existência do Holocausto, isolaram progressivamente o país, cuja economia já se ressentia das sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU. Sob a alegação de falta de transparência no programa nuclear, o organismo aplicou quatro rodadas de penalidades ao país desde 2006.
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