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Malala, Snowden e militantes bielorrussos na disputa por Prêmio Sakharov

O prêmio Sakharov para a liberdade de consciência é uma forma de homenagear pessoas ou organizações que dedicaram suas vidas ou ações à defesa dos direitos humanos e das liberdades

Agência France-Presse
postado em 30/09/2013 16:08
A jovem Malala foi baleada na cabeça por um talibã em outubro de 2012 e Snowden revelou a espionagem sistemática dos Estados Unidos em escala mundial
Bruxelas -
A jovem paquistanesa Malala Yousafzai e o americano Edward Snowden e os militantes bielorrussos presos Ales Bialiatski, Eduard Lobau e Mykola Statkevich são os finalistas do prêmio Sakharov para a liberdade de consciência do Parlamento Europeu, indicou a instituição nesta segunda-feira (30/9).

A jovem Malala foi baleada na cabeça por um talibã em outubro de 2012 por sua militância em prol da educação para as mulheres. A menina recebeu o apoio dos três principais grupos políticos da Eurocâmara (conservadores, socialistas e liberais).

Edward Snowden, o ex-consultor da Agência de Segurança Nacional americana (NSA), refugiado na Rússia e que revelou a espionagem sistemática dos Estados Unidos em escala mundial, recebeu o apoio do grupo ecologista e da extrema esquerda.

Já Ales Bialiatski, Eduard Lobau e Mykola Statkevich representam todos os prisioneiros políticos bielorrussos e receberam o apoio do grupo dos anti-europeus.



Bialiatski recebeu nesta segunda-feira o primeiro prêmio de direitos humanos Vaclav Havel, atribuído pela Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa.

Ales Bialiatski preside o Centro de Direitos Humanos Viasna, criado por ele em 1996. Também é vice-presidente da Federação Internacional de Direitos Humanos desde 2007.

Ele está na prisão junto com seus companheiros por protestar contra a reeleição considerada fraudulenta do presidente Alexander Lukashenko.

O prêmio Sakharov para a liberdade de consciência, chamado assim em homenagem ao cientista e dissidente soviético Andrei Sakharov, foi criado em 1985 pelo Parlamento Europeu como uma forma de homenagear pessoas ou organizações que dedicaram suas vidas ou ações à defesa dos direitos humanos e das liberdades.

O prêmio será entregue oficialmente no dia 20 de novembro em Estrasburgo, França. Com o forte apoio dos grupos parlamentares, é mais provável que a paquistanesa Malala seja a vencedora. Os chefes dos diferentes grupos escolherão o premiado no dia 10 de outubro.

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