Mundo

Integrante do grupo Pussy Riot interrompe greve de fome após ser internada

Nadejda Tolokonnikova cumpre uma pena de dois anos por ter participado em 2012 de uma oração punk contra o presidente russo Vladimir Putin

Agência France-Presse
postado em 01/10/2013 12:38
Mosocu - Nadejda Tolokonnikova, a integrante do grupo Pussy Riot hospitalizada no domingo (29/9), interrompeu nesta terça-feira (1;/10) a greve de fome que já durava oito dias. "A detida pôs fim à greve de fome e começou a se alimentar", informou um comunicado do serviço carcerário.

[SAIBAMAIS]A informação foi confirmada pelo deputado Ilia Ponomarev e o delegado do Kremlin para direitos humanos Vladimir Loukine, que mantiveram contato com a detida. Tolokonnikova, que havia sido transferida no domingo da prisão para o hospital, declarou-se na segunda-feira retrasada em greve de fome para protestar contra as ameaças que diz estar recebendo na prisão depois de denunciar suas condições de encarceramento.



Em uma carta transmitida por seu marido, a jovem de 23 anos, que tem uma filha de cinco anos, indicou que duas funcionárias do campo de trabalhos forçados para mulheres N; 14 de Mordóvia (600 km a leste de Moscou), acompanhadas por uma prisioneira, entraram na cela onde estava incomunicável desde o início desta semana para confiscar todas as suas garrafas de água. "Sem água, uma pessoa morre em poucos dias quando está em greve de fome", afirmou.

O serviço russo de aplicação de penas desmentiu estas acusações. Nadejda Tolokonnikova cumpre uma pena de dois anos por ter participado em 2012 de uma oração punk contra o presidente russo Vladimir Putin, cantada na catedral de Moscou. Ela e as outras integrantes do grupo, Maria Alejina e Ekaterina Samutsevich, na oração punk pediam, em plena Catedral de Cristo Salvador de Moscou, que a Virgem "expulsasse Putin do poder". As três foram condenadas a dois anos por "vandalismo" e "incitação ao ódio religioso". Ekaterina Samutsevich obteve a liberdade condicional em outubro de 2012, enquanto Alejina e Tolokonnikova devem ser libertadas em março.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação