Roma - Uma comissão decidiu nesta sexta-feira (4/10) submeter ao voto do Parlamento a expulsão do Senado do ex-primeiro-ministro e magnata das comunicações Silvio Berlusconi depois de sua condenacão definitiva em agosto passado por fraude fiscal.
A comissão propôs ao plenário do Senado invalidar a eleição do líder da direita italiana, uma sanção prevista por uma lei de 2012, depois da sentença definitiva pronunciada em 1; de agosto pela Corte de Cassação a uma pena de quatro anos de prisão, embora tenha sido anistiado em três anos.
"A comissão decidiu por maioria propor ao plenário do Senado votar a invalidez da eleição do atual senador Berlusconi", anunciou o porta-voz da comissão, Dario Stefano, após cinco horas de debate. A data da votação não foi fixada, embora, segundo Stefano, deva ocorrer em outubro.
Berlusconi considerou indigna e sem provas sua condenação e considera que se trata de uma estratégia para eliminá-lo como líder da direita italiana. O magnata das comunicações, de 77 anos, apresentou um recurso contra a sentença ante a corte europeia de direitos humanos em uma tentativa de impedir sua inabilitação, que poderia significar sua saída da vida política.
Sem a imunidade parlamentar, Berlusconi corre o risco de ser detido por vários processos nos quais foi acusado de abuso de poder, prostituição de menores e corrupção de um senador. Graças à idade, o magnata não deverá cumprir a condenação na prisão e deverá optar pela detenção domiciliar ou realizar trabalhos comunitários.