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Médicos de Harvard criticam paralisia dos EUA e defendem reforma da saúde

Desde terça-feira, (1º/10) os EUA fecharam alguns serviços não essenciais da administração pública e enviou de férias forçadas cerca de 800.000 funcionários

Agência France-Presse
postado em 04/10/2013 18:46
Os principais médicos da Universidade de Harvard criticaram nesta sexta-feira (4/10) a paralisia do governo norte-americano e defenderam a reforma da saúde, pedindo a seus colegas para imitá-los.

"Devemos dar o exemplo", informou um texto publicado no New England Journal of Medicine, escrito pelo redator chefe da publicação, Jeffrey Drazen, e seu diretor executivo, Gregory Curfman.



Desde terça-feira, (1;/10) os Estados Unidos fecharam alguns serviços não essenciais da administração pública e enviou de férias forçadas cerca de 800.000 funcionários pela falta de acordo sobre orçamento no Congresso, dividido entre os democratas e a oposição republicana.

[SAIBAMAIS]Os republicanos condicionam a aprovação de um orçamento à redução dos fundos da reforma da saúde impulsionada pelo presidente Barack Obama e aprovada em 2010.

O New England Journal of Medicine não toma uma posição oficial sobre a reforma, mas Drazen e Curfman disseram: "a apoiamos com força".

"Antes da reforma em Massachusetts (onde Harvard está localizada), vimos muitos pacientes arruinados por um acidente ou um diagnóstico de câncer. Salvamos vidas, mas as deixamos na falência", afirmou.

"Para nós, apoiar a reforma tem um sentido moral e médico", escreveram Drazen e Curfman, que pediram a outros médicos que "façam seus representantes saber no Congresso seus pontos de vista".

"As vozes de vocês serão parte da onda que eventualmente levará a Câmara de Representantes a atuar", acrescentaram.

A paralisia do governo deixou temporariamente sem trabalho 40.000 funcionários do Departamento de Saúde e entre outras coisas deixou em espera os preparativos para a futura temporada de gripe e o tratamento de novos pacientes em clínicas experimentais.

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