Agência France-Presse
postado em 04/10/2013 19:10
[FOTO1]A mulher morta na quinta-feira pela polícia em uma perseguição perto do Congresso americano em Washington sofria de depressão - disse sua mãe, em entrevista à rede ABC, nesta sexta.
A jovem negra Miriam Carey, de 34, "não tinha passado violento", mas sofria de "depressão pós-parto, após o nascimento de seu bebê" em agosto de 2012, revelou sua mãe, Idella Carey, à emissora ABC News.
"Alguns meses depois, ficou doente. Estava deprimida (...) foi internada", acrescentou.
Miriam dirigia um sedã preto Infiniti e estava com a filha de um ano no banco de trás do carro, quando tentou furar um bloqueio perto da Casa Branca. O incidente iniciou uma perseguição policial, que terminou próximo ao Capitólio com disparos da polícia.
[SAIBAMAIS]Os tiros foram ouvidos pelos congressistas, que ficaram presos dentro do prédio do Legislativo até o fim do incidente. A polícia revistou a casa da jovem, em Stamford, Connecticut. Lá, encontrou um berço, brinquedos e mamadeiras. Não havia armas, nem documentos contra o governo, informou o jornal local "Hartford Courant".
Em uma página do Facebook, criada por uma amiga da vítima, vários comentários criminalizam a polícia. "Espero que sua família processe a Polícia do Capitólio", escreveu uma mulher, referindo-se às Forças Armadas que patrulham a área. "Por que não atiraram nas rodas do veículo? Uma assassina com uma criança no carro? Não dá para entender", criticou outra pessoa.
A jovem trabalhava como assistente odontológica no centro Advanced Periodontics, em Hamden, em Connecticut (nordeste dos EUA). Em 2011, o estabelecimento publicou uma carta - ainda visível no site institucional -, que diz: "Estamos muito felizes por receber Miriam".
"Ela vem com uma deliciosa maneira de se ocupar dos pacientes, mas também com um diploma em nutrição que será útil, esperamos, para sensibilizar nossos pacientes sobre a importância de seu regime para a saúde dental", completa a nota.