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Paralisia afetará sanções dos Estados Unidos ao Irã, alerta Casa Branca

A Casa Branca e o Partido Republicano têm destacado o impacto negativo das férias forçadas e dos cortes financeiros

Agência France-Presse
postado em 04/10/2013 19:34
A Casa Branca advertiu nesta sexta-feira (4/10) que o órgão que impõe as sanções americanas ao Irã poderá parar de funcionar, já que a maioria de seus funcionários foi obrigada a entrar em licença não remunerada por causa da paralisia do governo.

O Escritório do Tesouro de Controle de Ativos Estrangeiros teve seu efetivo reduzido de 175 pessoas para 11 em tempo integral, anunciou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. "O escritório não pode manter suas funções principais", alertou.



Esse departamento impõe novas sanções, e também tem como alvo empresas, ou indivíduos, que violam as sanções americanas para punir o Irã por seu programa nuclear. Está encarregado ainda das sanções americanas contra a Síria, contra organizações terroristas, ou contra a proliferação de armas de destruição em massa.

[SAIBAMAIS]A Casa Branca e o Partido Republicano têm destacado o impacto negativo das férias forçadas e dos cortes financeiros para marcar sua posição na queda de braço político que paralisa o governo pelo quarto dia.

"(Isso) ilustra as consequências, se o fechamento republicano continuar, para as missões governamentais e para os trabalhadores de todo o país", insistiu Carney.

O presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara de Representantes, o republicano Ed Royce, solicitou ao secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jacob Lew, que declare o trabalho desse escritório como essencial. Com esse status, toda a equipe poderá voltar ao trabalho.

Ed Royce argumenta que os funcionários desse órgão cumprem uma função de emergência fundamental para a segurança nacional e deveria ser permitido a eles, legalmente, permanecer no trabalho durante a paralisia.

"O regime de sanções do Irã se desenvolve em resposta a uma ;emergência nacional;, segundo foi determinado pelo presidente. Não posso estar mais de acordo com o fato de que o impulso para uma arma nuclear do Irã é uma grave ameaça para nosso país", declarou o representante a Lew, em carta divulgada nesta sexta.

"Respeitosamente, peço que reconsidere essas más decisões sobre o funcionalismo que minam o apoio para vigorosas sanções ao Irã e a outros esforços críticos de segurança nacional", insistiu o congressista.

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