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Israel considera racista resolução da UE contra circuncisão

O comunicado recorda que a circuncisão é uma tradição antiga do Judaísmo, do Islã e de parte da cristandade

Agência France-Presse
postado em 04/10/2013 21:27
Jerusalém - Israel pediu nesta sexta-feira ao Conselho da Europa que revogue imediatamente uma resolução sobre a circuncisão por motivos religiosos, por acreditar que isso "alimenta as tendências racistas e o ódio".

"Israel pede ao Conselho que revogue imediatamente a resolução", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em um comunicado, destacando os benefícios médicos cientificamente reconhecidos da circuncisão.

O comunicado recorda que a circuncisão é uma tradição antiga do Judaísmo, do Islã e de parte da cristandade. "Qualquer comparação dessa tradição com a prática bárbara e condenável da mutilação genital feminina é uma ignorância profunda e, no pior dos casos, uma difamação e ódio antirreligioso", acrescentou.

A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa adotou esta semana uma resolução que aconselha os Estados membros a tomarem medidas contra as "violações da integridade física das crianças". Pede também que sejam proibidas práticas prejudiciais como as mutilações genitais femininas e que sejam definidas as condições para outras práticas religiosas, como a circuncisão do meninos, que não esteja justificada do ponto de vista médico.

A resolução recomenda "adotar disposições jurídicas específicas" para que algumas práticas não possam ser realizada até que o menor tenha idade para ser consultado. "Evocamos, efetivamente, diferentes ;categorias; de violações da integridade física dos meninos, que distinguimos claramente, sem fazer qualquer amálgama", esclareceu a deputada socialdemocrata Marlene Rupprecht, que propôs o texto.

"A missão do Conselho da Europa é promover o respeito dos direitos humanos, incluindo os direitos das crianças, em pé de igualdade com a luta contra o racismo, o anti-semitismo e a xenofobia", acrescentou, em uma nota. Judeus e muçulmanos costumam praticar a circuncisão na primeira semana de vida da criança.

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