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Série de ataques deixam 73 mortos e mais de 100 feridos no Iraque

O país registrou nos últimos meses um aumento no número de ataques, com uma escalada inédita na violência desde 2008.

Agência France-Presse
postado em 05/10/2013 19:50
Bagdá - A violência no Iraque deixou pelo menos 73 mortos, neste sábado (05) , dos quais 49 foram vítimas de um ataque contra peregrinos xiitas em Bagdá - informaram fontes médicas e policiais.

A explosão aconteceu no distrito de Adhamiyah. Os peregrinos seguiam para um templo próximo para celebrar a morte do imã Mohamed al Jawad, o nono imame xiita.

[SAIBAMAIS]Os primeiros testemunhos ainda não permitem determinar se o que ocorreu foi a explosão de uma bomba seguida por um atentado suicida, ou se o ataque foi obra de um único "camicase". Além disso, outras 65 pessoas ficaram feridas.

O mausoléu, para o qual os peregrinos se dirigiam, abriga o túmulo dos imames Musa al Kazem e Mohamed al Jawad, duas veneradas figuras dos xiitas.

Mais cedo, em um atentado suicida cometido em um café ao norte de Bagdá, 12 pessoas morreram, e 35 ficaram feridas, segundo fontes médicas e policiais. Em agosto passado, o mesmo estabelecimento, situado na localidade de Balad, foi cenário de outro ataque suicida. O saldo foi de 16 vítimas fatais.

Também neste sábado, dois jornalistas de uma emissora de televisão iraquiana foram assassinados a tiros em Mossul (norte).

Na localidade de Muqdadiyah, ao nordeste de Bagdá, uma bomba colocada no acostamento de uma estrada matou uma pessoa e feriu três. Em Bayaa, periferia de Bagdá, outra bomba deixou dois mortos e dez feridos.

O ministro iraquiano da Defesa anunciou que as forças da ordem mataram cinco insurgentes em confrontos no sul da cidade de Baiji e outros dois na província de Nínive (norte).

O Iraque registrou, nos últimos meses, um aumento no número de ataques, com uma escalada inédita na violência desde 2008. Os ataques são cometidos especialmente em locais movimentados, como cafeterias, mesquitas, campos de futebol, cerimônias fúnebres e mercados.



Teme-se que o país volte ao intenso derramamento de sangue ocorrido durante a confrontação entre as comunidades sunita e xiita em 2006-2007. Milhares de pessoas foram mortas nesses confrontos.

Mais de 110 pessoas morreram em ataques desde o início de outubro, o que eleva para pelo menos 4.800 o número de óbitos em 2013. O balanço feito pela AFP tem como base dados das forças de segurança e fontes médicas.

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