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Chefe da Al-Qaeda é capturado em operação dos EUA na Líbia

Ele teria sido "sequestrado" por homens armados, neste sábado, em Trípoli

Agência France-Presse
postado em 06/10/2013 08:02
Washington - Forças americanas capturaram na Líbia o membro da rede Al-Qaeda Abu Anas al-Libi, procurado por suspeita de participação nos atentados às embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, em 1998, informou o Departamento de Defesa.

"Como resultado de uma operação antiterrorista, Abu Anas al-Libi está agora legalmente detido por militares americanos em um local seguro fora da Líbia", anunciou o porta-voz do Pentágono, George Little.

Ele teria sido "sequestrado" por homens armados, no sábado, em Trípoli, disse à AFP uma pessoa próxima. "Foi sequestrado perto de sua casa depois da oração do amanhecer por um grupo de homens armados", confirmou essa fonte, que pediu para não ser identificada.

[SAIBAMAIS]"Sua família está sem notícias dele desde de manhã", acrescentou a mesma fonte. A operação para Abu Anas al-Libi teria sido realizada com o conhecimento do governo líbio, de acordo com o funcionário americano.

Mas o governo líbio afirmou neste domingo não estar a par do "sequestro" na Líbia de Abu Anas al-Libi por forças americanas e pediu explicações a Washington por esta operação.

"O governo líbio acompanha as informações sobre o sequestro de um dos cidadãos líbios procurado pelas autoridades dos Estados Unidos (...) Desde que tomou conhecimento da informação, o governo líbio entrou em contato com as autoridades americanas para pedir explicações a respeito", afirma o governo de transição em um comunicado.

Al-Libi, cujo verdadeiro nome é Nazih Abdul Hamed Al Raghie, de 49 anos, foi membro do Grupo Islâmico de Combate Líbio (GICL) antes de se incorporar à Al-Qaeda. O objetivo do GICL era derrubar o regime de Muammar Khadafi e, em seu lugar, instituir um Estado islâmico radical.

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Segundo fontes ligadas ao caso, Abu Anas al-Libi voltou para a Líbia, depois da queda de Khadafi, em 2011. Essa ofensiva coincide com outra incursão dos comandos especiais americanos para prender um líder das milícias islâmicas somalis.

O governo americano chegou a oferecer recompensa de até US$ 5 milhões por Al-Libi, que está na lista dos mais procurados pelo FBI (a Polícia Federal dos Estados Unidos). Ele é acusado por um tribunal de Nova York de envolvimento nos atentados de 7 de agosto de 1998 contra as embaixadas dos EUA em Dar-es-Salaam e Nairóbi. Mais de 200 pessoas morreram em ambos os ataques.

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