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Exército egípcio é convocado para combater manifestações islamitas

Vários confrontos entre simpatizantes e opositores de Morsy foram registrados na capital

Agência France-Presse
postado em 06/10/2013 12:44
Vários confrontos entre simpatizantes e opositores de Morsy foram registrados na capital
Cairo - O Exército egípcio mobilizou tanques neste domingo (6/10), no Cairo, onde partidários do presidente islamita destituído Mohamed Morsy organizaram diversas manifestações para comemorar o 40; aniversário da guerra de 1973 contra Israel.

Vários confrontos entre simpatizantes e opositores de Morsy foram registrados na capital. A polícia usou gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersas os manifestantes. Em Delga, centro do país, pelo menos uma pessoa morreu vítima de enfrentamentos entre grupos rivais, informou uma fonte médica.

[SAIBAMAIS]No Cairo, centenas de opositores de Morsyi se reuniram na manhã deste domingo na emblemática praça Tahrir, símbolo da revolta que derrubou, em 2011, o então presidente Hosni Mubarak. Jornalistas da AFP relataram que aviões de caça sobrevoaram a capital em comemoração ao aniversário de 40 anos da guerra israelo-palestina.

Os manifestantes, que foram revistados pelas forças de segurança na entrada da praça, levaram inúmeros retratos do general Al-Sissi - comandante do Estado Maior, vice-premier e ministro da Defesa - considerado o novo homem forte do Egito.

O ministério do Interior advertiu que reagiria com "firmeza" a qualquer sinal de desordem durante as comemorações do 40; aniversário da guerra de 1973 contra Israel.

O conflito de 1973 - conhecido como Guerra de Outubro, nos países árabes, e Guerra de Yom Kippur, no Estado hebreu - é lembrado com orgulho no Egito. Junto com as forças sírias, os egípcios conseguiram surpreender as defesas israelenses durante a celebração do Yom Kippur (o Dia do Perdão), em Israel.

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Posteriormente, essa ofensiva permitiu a recuperação da Península do Sinai, graças ao tratado de paz firmado em 1979. A Aliança contra o Golpe de Estado, liderada pela Irmandade Muçulmana, pediu aos militantes que se encontrassem neste domingo na praça Tahrir.

No sábado, a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar estudantes islamitas, que tentavam chegar à praça Rabaa al Adawiya, no Cairo. Em agosto, esta praça foi palco de violenta repressão, lembrou uma fonte de segurança, acrescentando que oito membros da Irmandade foram presos perto dali. Quatro pessoas morreram na sexta-feira e 40 ficaram feridas no Cairo, durante enfrentamentos entre simpatizantes e adversários de Morsy.

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